O desembargador e secretário de Justiça e Direitos Humanos, Paulo Lessa, visitou o prefeito José Carlos Junqueira de Araújo (PMDB) e os vereadores do município, na manhã desta quarta-feira (13/07), onde debatem questões sobre melhorias nos trabalhos de ressocialização dos presos de Rondonópolis.
A visita é resultado do trabalho de vistoria e analise das condições dos presídios. Ontem (12/07) o secretário, juntamente com secretário adjunto das penitencias da região sul, tenente coronel Clarindo Castro e secretária adjunta de justiça, Vera Araújo estiveram presentes na Penitenciária Major Eldo Sá Correa. “Sabemos dos problemas, mas agora vamos conhecer em locu a realidade e necessidades dos reeducando e dos presídios”, relatou Lessa.
O secretário declarou que o trabalho de ressocialização é árduo, mas se faz necessário para que a sociedade possa receber pessoas melhores. “Não é só prender, precisamos dar condições para que o reeducando seja inserido na sociedade. Os presos têm direitos e merecem atenção, o mais importante é saber qual a pessoa que esperamos em nossa comunidade, para isso é preciso o apoio de todos, pois se quando conseguir liberdade a pessoa for tratada como marginal é bem provável que voltará a vida de crimes”, pontuou.
O prefeito José Carlos Junqueira de Araújo disse que o município tem realizado trabalho intensivo no sentido de contenção do crime e informou que os índices de criminalidade em Rondonópolis é menor que os dados de Cuiabá e Várzea Grande. Pátio reforçou que são desenvolvidas ações e projetos, como por exemplo, o programa de Educação para Jovens e Adultos (EJA), trabalho de saúde com os reeducandos e assistência para que os presos possam voltar a cidade de origem, após cumprir a pena, mas que a participação do Estado ainda é tímida.
Na ocasião o Chefe do Executivo questionou o fato do município não ter sido contemplado com Núcleo de Atendimento Integrado (NAI) que prevê a integração operacional de órgãos do Judiciário, Ministério Público, Defensoria, Segurança Pública e Assistência Social em um mesmo local, para efeito de agilização do atendimento inicial ao adolescente que cometeu algum tipo de ato infracional.
Em concordância com o prefeito, o vereador Ananias Filho (PR), presidente da Câmara, lamentou o fato do NAI não ter sido implantado em Rondonópolis e afirmou que o município tem maturidade para receber e desenvolver o programa e solicitou mais atenção do Governo do Estado na questão de segurança pública.
Segundo o secretário as dificuldades no sistema prisional do Mato Grosso são as mesmas de todo o país. O déficit é um dos pontos que precisam de atenção especial, o Estado possui 12 mil reeducandos para 5760 vagas.