Uma pesquisa realizada pelo instituto de pesquisa Ipsos em parceria com a Fecomércio- RJ mostra que pela primeira vez desde 2006, o número de pessoas que admitiu ter comprado algum produto pirata chegou a 52% no ano. A facilidade na compra e os preços baixos são os atrativos para a ‘compra pirata’.
É comum encontrar nas ruas e praças de Rondonópolis pessoas comercializando CDs, DVDs e outros produtos pirateados como se fosse algo normal e liberado. Como o os produtos ficam expostos entre uma loja e outra é difícil não chamar atenção do consumidor que sempre da aquela paradinha para ver as novidades.
O estudante João Carlos falou que não vê problema algum em comprar CDs piratas, apesar de ter consciência que é proibido. “Com o preço de um CD original consigo comprar até quatro diferentes. Quem sabe esteja na hora do governo diminuir os impostos para baratear os produtos brasileiros e assim voltar a chamar a atenção dos consumidores”, diz.
A presidente da Câmara de Dirigentes de Rondonópolis (CDL), Eliane Queiroga, falou que essa é a maior insatisfação dos lojistas que veem os ambulantes como uma concorrência desleal. “Eles conquistam o cliente antes mesmo dele entrar na loja, o que acaba prejudicando o comércio que tem uma carga tributária grande para poder ocupar o lugar em que se encontra”, fala.
Segundo a presidente de um tempo para cá o número de ambulantes nas ruas de Rondonópolis tem aumentado. “Sempre cobramos da prefeitura mais fiscalização nesses casos, mas isso não tem acontecido”, comenta.
A pesquisa mostra que os produtos piratas mais comprados, são CDs e DVDs, seguidos por brinquedos e artigos de moda, que mostraram crescimento expressivo este ano. O levantamento foi feito com mil pessoas em 70 cidades do país, inclusive nove regiões metropolitanas.