Agora MT Variedades Moda e Beleza Cirurgiões plásticos explicam se vale ou não a pena investir nas minilipos
MINILIPOS

Cirurgiões plásticos explicam se vale ou não a pena investir nas minilipos

Fonte: DA REDAÇÃO COM R7/BEAUTY'ON
VIA

Imagem: MINILIPO1 Cirurgiões plásticos explicam se vale ou não a pena investir nas minilipos
Foto: Internet

Parece tentador acabar com aquela gordurinha localizada que teima em resistir à dieta e aos exercícios aeróbicos com uma cirurgia simples, que não precise de internação e nem exija muito tempo para se recuperar, certo? Melhor ainda é se o preço for compatível com o seu bolso. Pois essas são as propostas da minilipo, lipolight e hidrolipo, versões consideradas mais suaves do que a lipoaspiração. Mas será que elas valem a pena? Será que são seguras? Será que garantem resultados tão bons quanto o método tradicional?

Para esclarecer todas essas dúvidas, conversamos com quatro médicos especialistas em cirurgia plástica e todos foram unânimes em dizer que esses procedimentos são iguais a lipoaspiração e que não há nenhuma novidade neles, a não ser um toque de marketing diferente para atrair as pessoas.

O cirurgião plástico André Colaneri explica que minilipo, lipolight e hidrolipo são a mesma coisa. “São lipoaspirações realizadas com anestesia local. Primeiro injeta-se na gordura uma solução de soro fisiológico e anestésico local. Em seguida, introduz-se uma cânula a um aspirador e se retira a gordura”, explica. E o que isso significa? Que é uma cirurgia como a lipoaspiração, já que a forma de tirar gordura é a mesma: com cânulas e pressão negativa. “A diferença é que na lipoaspiração a anestesia é geral e a gordura é retirada de forma harmônica, respeitando e modelando o contorno corporal, o que não acontece com as minilipos, em que a gordura é retirada apenas de pequenas regiões do corpo”, diz a cirurgiã plástica Débora Glavão, do Hospital Albert Einstein.

O maior problema desses procedimentos é que as pessoas optam por acharem que são mais simples e não encaram como ato cirúrgico. O que acontece é que, na maioria dos casos, as minilipos são feitas em ambientes não hospitalares e por médicos que nem são especialistas em cirurgia plástica. Vale a pena lembrar o quanto é importante escolher profissionais especializados para esse tipo de procedimento.

De acordo com os médicos consultados, os riscos de optar pela lipolight são muitos. “As minilipos são lipoaspirações fracionadas. Em vez de fazer uma lipo maior e completa, se divide em várias pequenas lipos segmentares para evitar um porte cirúrgico maior e permitir a realização com anestesia local apenas. Daí, o risco de ficar com imperfeições e assimetrias”, explica o cirurgião plástico André Colaneri.

Já o cirurgião plástico Wilson Matsunaga, do Hospital Bandeirantes, faz um alerta para uma possível intoxicação por anestesia. “Como para fazer a minilipo precisa de anestesia local, há um grande risco de intoxicação por excesso de anestesia, o que pode se tornar um problema se a cirurgia for feita em clínicas, onde não tem aparato nenhum para socorrer o paciente em caso de complicações desse tipo”.

Esse tipo de procedimento também costuma atrair muitas pessoas pelo preço. As minilipos costumam ter um valor acessível quando comparada à lipoaspiração, mas o cirurgião plástico Ivan Abadesso é categórico: “Na lipoaspiração, a gordura é retirada de uma forma simétrica e o médico compara quanto tirou de um lado e quanto tirou do outro para ficar perfeito. Já no caso das minilipos, as gorduras são tiradas de pequenas áreas. Somando o que se cobra por cada área, o preço das lipolight acabam chegando perto do valor da lipoaspiração”, afirma.

André Colaneri acrescenta que o preço da minilipo é um pouco mais acessível, porque não tem o custo do anestesista nem de hospital, porém se necessitar de várias sessões, o custo fica próximo ao de uma lipo única.

Mas então em quais casos essas versões mais light de lipoaspiração são indicadas? Segundo os médicos, se forem feitas em ambientes hospitalres e por cirurgiões plásticos, essas técnicas são indicadas para pacientes com pouca gordura em apenas uma área (coisa que é bem rara). “Geralmente pacientes que com a retirada de um litro de gordura tem o seu problema resolvido. Quando são necessárias mais sessões, a vantagem já não existe, pois somam-se os riscos maiores de infecção, irregularidades e assimetrias”, diz André Colaneri. Os procedimentos também são indicados em casos de retoque, mas o que ocorre frequentemente são pacientes com moderado volume de gordura, que procuram clínicas ou cirurgiões com a ilusão de que é possível retirar com uma minilipo apenas.

Portanto, fique de olho! Se você está pensando em retirar as incômodas gordurinhas através de cirurgia, procure um médico especialista em cirurgia plástica e membro da Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica. Também prefira fazer o procedimento em hospital, onde há recursos de emergência.

Relacionadas

Especiais

Últimas

Editoriais

Siga-nos

Mais Lidas