Terminou na noite desta sexta-feira (11/11), o julgamento de Jorge Luiz Tabory acusado de ser o mentor do assassinato da pró-reitora da UFMT de Rondonópolis, Sorahia Miranda, do professor de zootecnia Alessandro Fraga e do prefeito do campus, Luiz Mauro Pires Russo. O veredicto proferido foi de 51 anos de prisão, que poderá ser respondido em liberdade.
A juíza Tânia Zucchi de Moraes declarou que o júri entendeu que o Tabory é culpado pelo triplo homicídio e o condenou a 51 anos de prisão por contratar terceiro para cometer o crime, fazer emboscada e não dar chance de defesa das vítimas.
Contudo Moraes acredita que o réu não representa perigo para a sociedade, apesar de ter arquitetado o triplo homicídio, e que pela boa conduta de Jorge no período em que cumpriu prisão preventiva recebeu o direito de responder a pena em liberdade, até o trânsito em julgado da sentença, que não possui previsão para conclusão.
O advogado de defesa, Elson Resende, disse que irá decidir, juntamente com o cliente, se recorre da sentença para reduzir a pena, e que a decisão da juíza em permitir que Tabory cumpra a sentença em liberdade é totalmente legal.
O promotor Douglas Araújo, discorda da forma que a juíza decretou a sentença e afirmou que é totalmente incomum uma pessoa ficar presa durante o encaminhamento do processo, ser condenada e responder em liberdade. “Estamos perplexos com a declaração da juíza e vamos recorrer da sentença proferida que é incomum”.
O espanto do resultado do julgamento ficou estampado nos rostos do júri que considerou Tabory culpado pelo triplo homicídio e imaginaram que o réu seria responsabilizado pelo crime cometido. A família de Sorahia saiu do tribunal do júri sem querer se pronunciar. “Não tenho condições de falar nada no momento, esperava que a justiça fosse feita. Não consegui entender essa sentença”, disse Suhilde Miranda Lima, irmã da pró-reitora.