A compulsão alimentar é um dos Transtornos Alimentares mais comuns, e caracteriza-se pelo consumo regular de uma grande quantidade de comida de uma vez só, ou constantemente, mesmo quando não tem fome, associado a algumas características de perda de controle e não acompanhado de comportamentos compensatórios extremos para a perda de peso como vômito e uso de laxantes, como no caso da bulimia.
Os episódios de comer compulsivo são mais freqüentes no período da noite, onde as outras pessoas não estão para censurar, e comem até se sentirem empanturradas, seguido de sentimentos de culpa, ansiedade, raiva do ato de comer, perda do controle do próprio corpo e vergonha.
A ansiedade e estresse são os principais fatores que levam ao aumento das compulsões alimentares, pois aumentam a secreção de cortisol, que estimula a ingestão de alimentos e o consequentemente o aumento de peso.
Para caracterizar a compulsão alimentar a pessoa deve fazer no mínimo dois episódios de ingestão alimentar compulsiva por semana, no período de 6 meses, e obedecer aos seguintes critérios:
– Episódios repetidos de compulsão;
Durante a ocorrência dos episódios, devem estar presentes no mínimo três dos indicadores abaixo:
– Comer muito mais rápido que o normal;
– Comer até sentir-se desconfortável fisicamente;
– Ingerir grandes quantidades de comida, mesmo estando sem fome;
– Comer sozinho por sentir-se envergonhado da quantidade de comida ingerida;
– Sentir-se culpado e/ou deprimido após o episódio.
Tendo em vista as várias doenças relacionadas com a obesidade que essas pessoas estão propensas, como hipertensão, diabetestipo 2 e dislipidemias (aumento das gorduras sangüíneas) juntamente com o descontrole no hábito alimentar, é fundamental o acompanhamento de uma equipe multidisciplinar com médico, psicólogo e nutricionista para evitar os episódios de comer compulsivamente e da mudança gradativa nos hábitos alimentares.
Camila Rebouças de Castro
Nutricionista – CRN-3 14.112