Uma estudante de 15 anos foi agredida e torturada pelo pai na quinta-feira (25), em Rondonópolis. A mãe da jovem, que preferiu não se identificar, conta que a estudante foi amarrada, espancada e que por fim o pai raspou a cabeça da jovem alegando que era uma ‘punição’ por ela estar com notas baixas na escola e por ter saído sem permissão.
A mãe afirmou que é separada do pai, mas que a atualmente a estudante vive com ele. De acordo com a mãe a jovem foi agredida pelo pai e que após isso ela ficou incomunicável. Em um descuido do pai, a estudante pegou o celular da madrasta escondido e conseguiu avisar a mãe através de uma mensagem de celular que estava sendo maltratada pelo pai.
“Na mensagem ela me pediu socorro e ao mesmo tempo me pediu para que eu não retornasse a ligação para que o pai não soubesse, já que ele havia a ameaçado de morte”, fala. A mãe precisou da ajuda da polícia para conseguir retirar a garota da posse do pai e que por várias vezes pediu o auxílio do Conselho Tutela da cidade, mas que eles não prestaram o atendimento porque a mãe não tinha o número da casa.
“Eu liguei duas vezes pedindo ajuda ao Conselho, me ofereci para ir junto para mostrar onde ficava a casa, mas nem assim eles quiseram me acompanhar. Não tinha como eu ir sozinha, pois temia pela minha vida e da minha filha. Consegui a ajuda de um tenente da polícia para poder pegar a minha filha”, alega.
A jovem está com hematomas por todo o corpo e com a cabeça totalmente raspada. A estudante conta que durante a agressão ele chegou a colocar um revólver na sua cabeça e efetuar disparos dentro da casa e que nesse momento estavam no local a madrasta e o seu irmão mais novo que não fizeram nada para ajuda-la.
A mãe e a garota registraram Boletim de Ocorrência na Delegacia da Mulher. Na manhã desta segunda-feira (29), a estudante passou por exame de Corpo de Delito que comprovaram a agressão.
A mãe conta que o ex-marido sempre foi violento e que neste momento ela e a filha estão escondidas com medo que ele possa cumprir o que prometeu que é mata-las. “Agora aguardamos uma providência da justiça”, diz. A reportagem do site AGORA MT procurou a delegada, Juliana Carla Bizeti, mas ela não foi encontrada para comentar o caso.
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