A tropa de choque da polícia de Varsóvia, capital da Polônia, usou cassetetes e balas de borracha para dispersar uma multidão de extremistas de direita que a atacava com fogos de artifício e pedaços de concreto. Os confrontos ocorreram após um desfile para marcar o feriado nacional.
Milhares de policiais já estavam presentes nas ruas de Varsóvia para tentar impedir que nacionalistas de direita e grupos radicais de esquerda usassem o feriado do dia da independência como uma oportunidade para lutar uns contra os outros.
Este é o segundo ano em que as celebrações acabaram em violência, evidenciando o grande abismo entre aqueles que querem uma sociedade conservadora religiosa, que rejeita a influência estrangeira, e aqueles que querem que a Polônia se alinhe aos países europeus.
Enquanto os manifestantes se reuniam para a manifestação de extrema-direita, jovens com os rostos cobertos por lenços gritavam palavras de ordem nacionalistas e protestavam contra supostas conspirações judaicas.
“A Polônia está indo na direção … de dependência, dependência energética, dependência econômica”, disse um dos manifestantes, que disse se chamar Wojciech.
Os conflitos começaram quando alguns manifestantes de direita jogaram rojões contra a tropa de choque da polícia, que isolava a área.
Um correspondente da Reuters viu a polícia reagir agredindo os manifestantes com cassetetes, forçando-os a se dispersar em ruas próximas. Alguns manifestantes arrancaram pedaços de concreto em uma construção para arremessar.
A polícia usou megafones para avisar os manifestantes que iria usar balas de borracha, canhões de água e gás lacrimogêneo.
A Polônia comemora sua independência em 11 de novembro, dia em que a Alemanha reconheceu sua derrota na Primeira Guerra Mundial, em 1918. Antes do conflito, o que viria a ser o território polonês estava dividido sob o domínio dos impérios da Alemanha, da Rússia e da Áustria-Hungria.