O superintendente Regional do Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (Dnit) de Mato Grosso, Luiz Antonio Ehret Garcia, afirmou que o órgão está fazendo uma revisão no projeto da duplicação da BR-163, em Rondonópolis. A previsão de entrega dos resultados está prevista para março.
Segundo Garcia o Dnit é apenas a financiadora da obra e que a Prefeitura de Rondonópolis é a gestora. “O Dnit apenas repassa o dinheiro, mas é a Prefeitura quem faz pagamento e é a responsável pela fiscalização da construção”, comenta.
O superintendente explicou que desde o ano passado, na gestão do ex-prefeito José Carlos do Pátio (PMDB), que o Dnit enviou um relatório ao município com os resultados das falhas na execução da obra. “Esse relatório foi encaminhado para Prefeitura e desde aquela época, o Dnit aguarda uma decisão para saber o que será feito com a obra”, fala.
De acordo com Garcia a estrutura da pavimentação da duplicação não foi adequada para a atual demanda do tráfico que passa por este trajeto e que por isso se apresentou problemas. “A obra foi projetada para um volume de carros que passavam lá em 2005, mas isso mudou o tráfego é bem maior e a pavimentação da duplicação não foi planejada para suportar esse aumento”, conta.
Em relação à afirmação do prefeito de Rondonópolis, Percival Muniz (PPS) de que iria devolver a obra de duplicação para o Dnit (leia aqui), o superintendente alegou que o gestor pode fazer isso desde que preste conta do dinheiro que foi gasto com a obra. “E o recurso que não foi utilizado tem que ser devolvido ao Dnit”, diz.
Garcia também lembrou de que essa diferença que será devolvida ficará perdida, ou seja, não voltará para Rondonópolis, já que a quantia retorna a conta única da União. O superintendente comentou que o Dnit está tentando marcar uma reunião com o prefeito Percival para saber se será dada ou não a ordem de reinício das obras. “Para que se comece a obras está faltando apenas uma decisão da prefeitura, e ela quem decide se vai tocar ou não a obra”, finaliza.
TRAVESSIA URBANA
O presidente do Conselho Distrital da Região Salmen (Condisa), Ailton Pereira da Silva, protocolou na segunda-feira (25) um pedido para haja uma investigação da Polícia Federal (PF) para saber sobre a demora nas obras de Travessia Urbana.
Segundo o Ailton essa situação tem prejudicado os moradores principalmente da região Salmen, já que a região fica em volta da BR-163 e que os habitantes ficam sem um local adequado para poder atravessar de um lado para outro da cidade, correndo assim muito riscos. “A nossa região conta com 43 bairros e estamos sem o direito de ir e vir por causa dessa demora das obras. A situação se arrasta e ninguém sabe explicar o que acontece”, fala.