Uma equipe de enfermeiros e técnicos contratados desde sexta feira dia 05/07, decretou o início de uma greve no Hospital Regional de Rondonópolis reivindicando reajuste salarial. A direção do Hospital assegura que os salários, tanto de técnicos como de enfermeiros, estão acima do que está sendo reivindicado pelo Sindicato da categoria em convenção coletiva da classe, mas ainda assim vários profissionais da enfermagem continuam aderidos a greve, porém descumprindo o percentual definido em sentença no dia 03/07 pelo Desembargador Edson Bueno de Souza Vice-Presidente do TRT – 23ª Região, prejudicando assim a assistência aos pacientes internados e forçando o cancelamento de cirurgias eletivas, consultas ambulatoriais além de vários exames clínicos, condicionando a Instituição somente atender os casos de Urgência e Emergência.
Informamos que os funcionários que não aderiram à greve estão sendo coagidos pelos grevistas, os quais estão utilizando de material de uso do paciente e equipamentos internos para panfletar e afixar cartazes convidativos a greve pelos quadros de aviso e setores do Hospital.
O piso salarial de técnico de enfermagem reivindicado é de R$ 1.000,00, sendo que o atual salário pago no HRR é de R$1.050,00 e para os enfermeiros o salário pago é de R$ 2.850,00 sendo a reivindicação do piso de R$ 2.000,00, todos pelo regime C.L.T com todos os direitos pagos antes do 5º dia útil . Informamos que além do salário, os profissionais recebem todos os benefícios definidos por lei e pela Convenção Coletiva de Trabalho da categoria, como adicional noturno, férias, 13º salario, FGTS, auxilio creche e outros. Atualmente 01 enfermeiro e 01 técnico por setor mantêm as atividades assistenciais. A ausência dos outros profissionais sobrecarrega a atuação dos atuais concursados que mantém suas atividades normais.
O perfil de atendimento no hospital é para pacientes de média e alguns casos de alta complexidade que necessitam de cuidados intensivos e a iniciativa desses profissionais de coibir outros que não aderiram à greve é preocupante. Segundo a direção, apenas casos de urgência e emergência terão atendimentos no Hospital Regional, sendo suspensas as cirurgias eletivas e as consultas ambulatoriais até o fim da greve. A greve é de direito, mas prejudica a comunidade que precisa de atendimentos eletivos e de uma assistência de qualidade. A situação foi informada na Central de Regulação e a direção do Hospital espera que a greve seja suspensa e os serviços retornem o quanto antes à normalidade.