Com o compromisso de gerar segurança e qualidade de trafegabilidade aos usuários da MT-130 a Concessionária Morro da Mesa venceu a licitação, em 2009, o que permitiu a exploração do trecho entre Rondonópolis e Primavera do Leste, com a cobrança de pedágio que vem sendo duramente criticado, principalmente por moradores do entorno da praça de cobrança.
De acordo com a Secretaria de Estado de Infraestrutura (Sinfra), a empresa é obrigada a construir a 3ª faixa, acostamento, sinalização, praças de pedágio, serviços de socorro mecânico, atendimento médico de emergência e sistemas de controle de peso que deverão ser totalmente implementados em um prazo de três anos.
A “notória” ausência de manutenção da estrada foi o motivo que levou o promotor de Justiça de Poxoréu, Adriano Roberto Alves, abrir em 2012 um inquérito civil, contra a Morro da Mesa, em razão do descumprimento do contrato com o Estado, pois haviam centenas de buracos e deformações na pista.
Após inúmeras manifestações e a constante indignação de centenas de usuários, a concessionária resolveu iniciar a construção da 3ª faixa, mas parece que o compromisso da empresa em ofertar segurança e qualidade de trafegabilidade tem sido esquecido, pois a falta de sinalização da obra, segundo moradores da região pode se tornar um fator de risco aos usuários da MT-130, ” Neste trecho aqui o que vocês podem ver é que estão fazendo a 3ª faixa, mas acabaram com o acostamento, se alguém sair da pista vai tombar o carro pois o degrau é muito grande e não existe uma placa para informar isso”, reclama, o motorista Alberto Santos Sperling (53), que afirma cruzar a rodovia pelo menos uma vez por semana.
Moradores da região do Chapéu de Palha apontaram mais uma série de problemas na obra, dentre eles a montanha de pedras que praticamente escondeu a estrada que dá acesso a comunidade do Campo Limpo. “Por causa dessa montanha de pedras que está a beira da rodovia quase fomos vítimas de acidente em razão da falta de visão no acesso”, desabafou José Antonio dono de uma propriedade na região.
A reportagem do AGORA MT cobrou explicações da Morro da Mesa, mas até o momento da publicação da matéria a empresa não enviou respostas ao questionamento dos usuários ou da reportagem.
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