Motoristas e caminhoneiros que trafegam pela BR-364, entre Cuiabá e Rondonópolis, estão enfrentando congestionamentos com até 50 quilômetros em razão dos redutores de velocidade, mas principalmente pelos buracos que são agravados com o período chuvoso.
O ponto crítico dos buracos está concentrado na cidade de Juscimeira, onde além dos buracos que dificultam a circulação das carretas que passam pelo local em baixíssima velocidade. A falta de estrutura da via também compromete a circulação dos veículos e os buracos acabam sendo responsáveis pelo aumento no número de acidentes.
Vanyelle de Souza Pereira explicou que nesta segunda-feira (24) demorou quase 7h na viagem entre Cuiabá e Rondonópolis em detrimento da lentidão do trânsito. “Sai de ônibus da capital às 8h com previsão para chegar às 12h, mas o trânsito estava muito lento por causa dos buracos e cheguei ao município poucos minutos para às 15h”, declarou a usuária que ficou inconformada com a precariedade do percurso.
De acordo com o diretor executivo da Associação dos Transportadores de Cargas do Mato Grosso (ATC), Miguel Mendes, a situação na BR esta caótica e além dos buracos, os quebra-molas e redutores de velocidade, obrigam os caminhoneiros a praticamente parar a carreta, formando as longas filas.
Mendes afirma que infelizmente o quadro se repete todos os anos no período de chuva e argumenta que além dos prejuízos na demora das viagens, a situação pode contribuir com o encarecimento de alguns produtos em decorrência do valor do frete que se tornam mais caros.
DNIT
O Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (DNIT) comunicou que o contrato de manutenção para o trecho inclui serviços de tapa-buracos, e tem atuado no local. Porém, o pavimento receberá as intervenções profundas de que precisa durante as obras de duplicação da BR-163/364/MT, que preveem a duplicação entre Cuiabá e Rondonópolis.
No segmento que inclui Juscimeira serão investidos cerca de R$ 300 milhões em obras de restauração da pista existente e duplicação. As empresas contratadas pelo DNIT estão em fase de mobilização e assim que terminar o período chuvoso, começarão as obras.
Os equipamentos de controle de velocidade fazem parte do Programa Nacional de Controle de Velocidade, que vai instalar 2.696 equipamentos em todo o país. A iniciativa visa reduzir acidentes. De acordo com dados da Conferência Global sobre o Uso da Tecnologia para Aumentar a Segurança nas Rodovias, realizada em Moscou em 2009, reduzir a velocidade em 1% leva a uma diminuição de 2% no número de feridos leves, 3% menos feridos graves e 4% menos mortos. Os locais de instalação e a velocidade permitidas em cada trecho de rodovia foram definidos de acordo com estudos técnicos rigorosos realizados pelo DNIT e pelas empresas contratadas para operar essas máquinas.