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Mesmo sob ordem judicial, Prefeitura não fornece remédio para criança deficiente

Fonte: Por Wlly Garcês
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Ao lado da filha Cristiane mostra a receita do medicamento - Foto: Aécio Morais / AGORA MT
Ao lado da filha Cristiane mostra a receita do medicamento – Foto: Aécio Morais / AGORA MT

Angústia, foi o sentimento que a mãe da pequena Isabela de 12 anos, vítima de uma paralisia cerebral, expressou diante da equipe de reportagem do Site AGORA MT, ela falou com exclusividade sobre o descaso da farmácia municipal, que mesmo com ordem judicial há dois meses ela não consegue remédio para a filha.

Conforme Cristiane Pereira da Silva, o problema da filha surgiu logo nas primeiras horas de vida, o parto foi feito atrasado e isso gerou uma série de complicações. Além da paralisia cerebral a menina também possui um caso complicado de epilepsia e pneumonia.

Há algum tempo por falhas na entrega dos medicamentos, a mãe procurou a promotoria que prescreveu uma ordem judicial para que os remédios controlados da criança fossem entregue de maneira correta pela Prefeitura.

“No início de fevereiro quando deixei a receita para pegar os remédios no dia 15 do mesmo mês. Buscava informações semanalmente, mas eles foram enrolando, até que na semana passada eles me informaram que a Secretaria de Saúde estava cortando gastos e não tinha comprado o remédio”, denúncia.

Ainda segundo Cristiane, após reclamar e ameaçar expor o caso, uma pessoa informou que os remédios haviam chegado, porém não podiam entregar porque a receita já estava vencida. Mesmo o documento ter o prazo expirado dentro das gavetas da farmácia.

“Eu não tenho acesso à mesma farmácia da população, no meu caso, como é ordem judicial eles têm a farmácia jurídica”, conta.

Cristiane mora na casa dos pais e não trabalha, ela vive para cuidar da filha e do pai, que também ficou deficiente após um acidente.

A pequena Isabela precisa tomar remédios controlados além de um adesivo que é colado no pescoço da paciente e serve para evitar secreções. Duas caixas desse adesivo duram apenas 30 dias, porém mesmo se ela tivesse R$ 1,6 mil para comprar as caixas, não teria acesso ao medicamento, haja vista que ele é importado.

CADEIRA

Além dessa dificuldade, Cristiane também aguarda a mais de seis meses por um pedido feito na Secretaria. A criança necessita de uma cadeira de rodas especial e outra para tomar banho.

“Ainda bem que eu tenho muita gente que me ajuda para marcar consultas, porque temos muita dificuldade, a fila é grande. Peço para que todos que têm dificuldades lutem, cobrem, porque estamos reivindicando um direito que é nosso. Minha filha já sofre muito preconceito, não posso aceitar mais isso”, cobra a mãe.

OUTRO LADO

Em contato com a secretária municipal de Saúde, Marildes Ferreira, ela confirmou a separação das farmácias, mas negou que ordens judiciais sejam descumpridas. Conforme a secretária é preciso verificar se o remédio é de competência do Estado ou do Município.

Marildes também admitiu que acontece de não ter medicamentos, porém isso só acontece com os que são de alto custo de responsabilidade do Estado. Alguns medicamentos são apenas entregues pela Prefeitura.

“Eu não sei se este é, mas se for de competência do município, eu me comprometo a entregar os remédios mesmo com a receita vencida”, falou.

Em relação a denúncia de falta de verba para a compra, ela falou que nenhum servidor tem direito de dizer o que acontece na Secretaria, e que não é o caso. E sobre as cadeiras, ela estranhou a demora e questionou se Cristiane havia mesmo feito o pedido, porém logo em seguida disse que também depende do Governo do Estado.

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