Os contribuintes de Mato Grosso já pagaram R$ 4,279 bilhões em impostos nos 6 primeiros meses deste ano. O levantamento é do Instituto de Planejamento e Tributação (IBPT), realizado por meio do Impostômetro. O valor pago até agora em impostos, taxas, contribuições, multas, juros e correção monetária seria suficiente para construir mais de 46,505 mil km de redes de esgotos ou 15 mil postos de saúde equipados. Em média, cada contribuinte mato-grossense pagou R$ 1,429 mil em impostos no período.
Nas duas maiores cidades de Mato Grosso foram recolhidos R$ 857,520 milhões em tributos municipais como o Imposto Predial e Territorial Urbano (IPTU), Imposto Sobre Serviços de Qualquer Natureza (ISS), Imposto de Transmissão de Bens Imóveis (ITBI), taxas e previdência municipal, transferências constitucionais realizadas pela União e pelo Estado, além de outras receitas não-tributárias (patrimoniais e industriais). Em Cuiabá, a população contribuiu com R$ 657,208 milhões e em Várzea Grande forma R$ 200,312 milhões.
Em todo o país, os cofres do governo já receberam R$ 755,270 bilhões. Apesar dos gastos públicos crescentes, o montante está 7,36% abaixo do valor arrecadado no mesmo período do ano passado, quando atingiu R$ 815,897 bilhões, segundo o Impostômetro.
No ritmo atual de arrecadação, a cada segundo, o brasileiro paga R$ 290,30 em impostos. Para o economista Edisantos Amorim, os gastos motivados pela Copa do Mundo no Brasil exigirão uma arrecadação recorde neste e nos próximos anos. “O gasto estimado para realização da Copa do Mundo no Brasil chegou a R$ 40 bilhões, muito acima do que foi gasto nos 3 últimos mundiais juntos, na África do Sul, Alemanha e Japão, quando não passou de R$ 30 bilhões”.
Santos entende que o governo precisa reduzir os gastos, principalmente com folha de pagamento. “Em Mato Grosso, as despesas com folha de pagamento ultrapassa a arrecadação e o governo acaba retirando dinheiro do Tesouro para suprir os gastos. Dessa forma, não consegue garantir incentivos para atrair novas indústrias, por exemplo”.
A reforma tributária nacional também é uma medida necessária e que está atrasada, argumenta o economista. “A política tributária atual beneficia mais o governo do que o cidadão e a classe empresarial”.