A taxa básica de juros da economia brasileira, a Selic, deve encerrar 2014 estável em 11% ao ano, patamar em que foi mantida pelo Banco Central no começo de setembro. Essa é a expectativa dos principais analistas e investidores do mercado financeiro brasileiro, consultados semanalmente pela pesquisa Focus.
Para 2015, a previsão dos analistas para a taxa de juros básicos recuou de 11,50% para 11,25% ao ano, de acordo com os dados divulgados nesta segunda-feira (22), pelo BC. Esta é a quarta vez seguida que os analistas revisam para baixo as projeções para os juros do próximo ano. Há um mês, a mediana das estimativas era de 12,00% ao ano e há quatro semanas, estava em 11,69% ao ano.
A projeção para o superávit da balança comercial (total de exportações menos as importações) em 2014 também ficou estável em US$ 2,40 bilhões na semana passada. Para 2015, a previsão de superávit comercial permaneceu em US$ 9 bilhões.
Para este ano, a previsão de entrada de investimentos estrangeiros diretos (IED) no Brasil permaneceu em US$ 60 bilhões. Para 2015, a estimativa dos analistas para o aporte foi ajustada de US$ 57,7 bilhões para US$ 57 bilhões.
Para a produção industrial, os analistas melhoraram a previsão de retração, com a taxa passando de 1,98% para 1,94%. No próximo ano, a projeção de expansão subiu a 1,6%, contra 1,5% da semana passada.
Já a expectativa mercado financeiro para a taxa de câmbio no fim de 2014 subiu de R$ 2,30 para R$ 2,34 por dólar. Para o término de 2015, a previsão dos analistas para a taxa de câmbio permaneceu em R$ 2,45 por dólar.
Crescimento e inflação
Os economistas reduziram mais uma vez, na semana passada, a previsão de crescimento da economia brasileira para este ano e para 2015. A expectativa para o Produto Interno Bruto (PIB) neste ano passou de 0,33% para 0,30%. Foi a 17ª redução seguida das apostas. Para 2015, a taxa foi reduzida de 1,04% para 1,01%.O PIB representa a soma de todos os bens e serviços produzidos no País.
A expectativa do mercado para o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), considerado a inflação oficial do País, passou de 6,29% para 6,30% neste ano. Já para 2015, a previsão dos analistas para o IPCA recuou de 6,29% para 6,28%.A estimativa da inflação medida pelo Índice de Preços ao Consumidor da Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas (IPC-Fipe) caiu de 5,49% para 5,47% neste ano, e de 5,25% para 5,27% em 2015.
A mediana das previsões do mercado para o Índice Geral de Preços – Disponibilidade Interna (IGP-DI), da Fundação Getúlio Vargas, para este ano, também voltou a cair, passando de 3,77% para 3,72%. Para 2015, a taxa ficou em 5,50%. Na semana passada, estava em 5,52%.
Para o Índice Geral de Preços do Mercado ( IGP-M), também da FGV, as estimativas continuaram as mesmas. A mediana das projeções seguiu em 3,67% para 2014 e em 5,50% para 2015. Em relação aos preços administrados, as expectativas ficaram estáveis. Para 2014, a taxa permanece em 5,10%, mesmo nível da semana passada. Para 2015, a mediana das projeções está em 7,00% há seis semanas.