A greve dos servidores públicos municipais que foi deflagrada na manhã desta sexta-feira (30), contou com baixa adesão e também com desorganização por parte do Sindicato, apesar do seu presidente, Rubens Paulo, afirmar em coletiva de imprensa, realizada na tarde desta sexta-feira (30), que a adesão abrange grande parte do setor de Obras da prefeitura e Educação.
“Cerca de 90% dos efetivos estão paralisados. Acontece que em outras pastas existem mais contratados, mesmo assim os servidores estão engajados. As negociações estão difíceis e a greve pode demorar a acabar, porém estamos abertos a diálogos com o Executivo”, afirmou Paulo.
Segundo apurou a reportagem junto a assessoria de comunicação da prefeitura municipal no Sanear, por exemplo, não houve adesão. Na saúde, todas a unidades funcionaram normalmente e na educação não foi possível medir o peso da greve em razão das férias escolares.
Na Coder, dos 289 servidores apenas 57 aderiram ao movimento, mas não participaram das ações, tanto é verdade que ao invés de ir acompanhar os grevistas no Paço Municipal, muitos servidores preferiram ficar em um bar nas proximidades da empresa de economia mista.
Nas secretarias de administração, trânsito, governo, cultura e finanças os trabalhos ficaram dentro da normalidade.
Apesar disso Rubens garante que as negociações estão complicadas e que esta pode ser uma das maiores greves da história de Rondonópolis.
“O prefeito disse que não poderia dar aumento porque a folha já ocupa 55% do orçamento. Ele está equivocado, sendo que o teto é de 54%, conforme rege a Lei de Responsabilidade Fiscal. Esse número também não condiz com os dados do Tribunal de Contas, que variam entre 37 à 42%”, afirmou.
Já o prefeito Percival Muniz que recebeu os grevistas e um grupo de vereadores pela manhã, deixou claro que está aberto a conversar com a categoria.