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Papa ecoa grito feminista e pede igualdade de salários para cargos iguais

JC Net
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O papa Francisco se juntou ao coro do movimento feminista nesta quarta-feira (29) ao pedir salários iguais para pessoas que exercem a mesma função, dizendo ser “puro escândalo” que mulheres ganhem menos que homens quando fazem o mesmo trabalho.

O pontífice também criticou aqueles que creditam a crise nas famílias às mulheres que deixam de cuidar do lar 100% do tempo para procurar um trabalho remunerado. Para Francisco, isso é uma atitude “machista” e mostra como os homens “querem dominar mulheres”.

Os comentários foram feitos durante a audiência geral de quarta-feira, que o papa tem devotado a comentar diferentes aspectos da vida familiar.

Para o papa, a “igualdade radical” que o cristianismo propõe entre marido e mulher deve render novos frutos.

“Devemos apoiar com empenho o direito à igualdade de salários para funções idênticas”, disse. “Por que mulheres devem ganhar menos que homens? Não! Eles têm os mesmos direitos. Essa disparidade é escândalo puro.”

Francisco tem falado frequentemente sobre como a igreja católica em geral deve dar mais valor ao “gênio feminino”. Ele também tem pedido que as mulheres assumam cargos mais altos na igreja, embora tenha descartado a ordenação ou a chefia de congregações por mulheres.

No Vaticano, apenas 18% dos empregados são mulheres, de 17% quatro anos atrás. Atualmente, apenas duas mulheres têm cargo de subsecretária em um dos departamentos da administração local.

Embora venha clamando por um maior papel das mulheres na igreja, o pontífice argentino de 78 anos também tem sido questionado pelo conteúdo de algumas declarações que deu, como a de que a Europa muitas vezes parece uma avó infértil. Ou então quando ele deu boas vindas às novas integrantes de uma das comissões teológicas mais importantes da igreja dizendo que elas eram “a cereja do bolo”.

Nesta quarta-feira, ele veio novamente em defesa das mulheres. Citando o Adão bíblico, que culpou Eva por ter lhe oferecido a maçã proibida, ele disse, sarcasticamente: “É sempre culpa das mulheres! Pobres mulheres, precisamos defendê-las!”

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