Os moradores de Alto Taquari correm o risco de ficar sem atendimento no único hospital da cidade, isso porque o prefeito Maurício de Sá declarou em uma reunião com os funcionários da Fundação Municipal de Saúde de Alto Taquari (FUNSAT), nesta segunda-feira (15), que não fará mais repasse de recursos públicos para o Hospital e Maternidade Municipal Nossa Senhora Aparecida.
“O prefeito fez uma declaração que não fará mais o repasse, porém nós estamos montando um projeto de viabilidade, com algumas ideias, novas formas de funcionamento, para ser mantido o recurso, acreditamos que pode ser uma situação reversível,” relatou o presidente da FUNSAT, Roadam Leal.
Ele informou que a unidade de saúde existe há cerca de 10 anos e desde o ano de 2011 a FUNSAT, entidade jurídica sem fins lucrativos, assumiu a direção do hospital. A unidade atende cerca de seis mil pessoas e por mês realiza 1,7 mil consultas entre eletiva e emergência.
Segundo informações do presidente da Fundação, o Executivo repassava cerca de R$ 166 mil para arcar com as despesas da unidade, sem este recurso, a fundação não teria condições de manter a unidade.
“Exclusivamente o hospital não consegue se manter sem esse repasse. Nós estamos vendo outras opções para reverter essa situação, por enquanto, estamos atendendo normalmente para o Sistema Único de Saúde (SUS), convênios e particulares, não houve bloqueio no atendimento,” disse o presidente.
No mês de junho, segundo Roadam Leal, foi feito o repasse parcial do recurso que era destinado para as despesas do hospital.
Preocupados com a situação, funcionários e moradores do município iniciaram um ‘abaixo-assinado’ para garantir o funcionamento do hospital. Além das assinaturas, estão sendo compartilhadas mensagens nas redes sociais para garantir o maior número de interessados.
Outro lado
A equipe de reportagem do site AGORA MT entrou em contato com a secretária municipal de Saúde, Deise Juliana Coelho de Oliveira, para saber a situação da saúde caso ocorra o fechamento do Hospital, porém fomos informados por uma funcionária que a gestora estava em uma reunião e que ela não se posicionaria sobre o assunto.