Trabalhadores dos Correios aprovaram, nesta terça-feira (1º), durante assembleia em Rondonópolis, o estado de greve da categoria. Na votação ficou acertado que caso não haja uma proposta por parte da empresa, haverá uma nova assembleia no dia 15 de setembro, que pode decidir pela paralisação.
Dentre as principais reivindicações da categoria estão melhorias salariais: reposição de 12%, aumento real de R$ 300, piso mínimo salarial de R$ 3.180 (conforme estipulado como necessário pelo Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos), aumento no valor da cesta básica, entre outros.
Segundo o Sindicato dos Trabalhadores na Empresa de Correios e Telégrafos em Mato Grosso (Sintect-MT), além do aumento salarial, a categoria pede mais segurança nas unidades e a permanência da entrega de correspondências pela manhã.
Ainda conforme o Sintect-MT, há um mês as negociações com a Empresa Brasileira de Correios e Telégrafos (ECT), porém ainda não houve uma proposta por parte da companhia.
Entrega de Correspondências
O representante do Sintect-MT, em Rondonópolis, Jonas Oliveira, explicou que a demora na entrega de correspondências se deve a um processo de otimização.
“Está sendo feito uma triagem por Código de Endereçamento Postal (CEP) e não mais por endereço, tem muito CEP errado, assim a correspondência vai para uma pesquisa, carimbamos o CEP correto e volta para a entrega novamente, ” explicou.
Algumas correspondências têm demorado até um mês para ser entregues. “A empresa deveria ter feito uma campanha mais séria, uma conscientização, falando sobre isso, mas ela só ‘jogou’ isso para gente”, falou o representante.
Outra questão que tem atrapalhado a entrega, segundo o representante, é a sobrecarga aos carteiros. O número de carteiros é inferior ao número de distritos.
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