Os bancários decidiram entrar em greve a partir de terça-feira (6), por tempo indeterminado após recusar a proposta feita pela Federação Nacional dos Bancos. O Sindicato dos Bancários de Rondonópolis e Região Sul de Mato Grosso informou que a adesão à greve nacional foi aprovada por unanimidade durante assembleia realizada com a categoria na noite desta quinta-feira (1º).
A categoria pede o reajuste salarial de 16%, com piso de R$ 3,2 mil, Participação de Lucros e Resultados (PLR) de três salários mais R$ 7.246,82, melhores condições de trabalho, além de outros benefícios. Em contrapartida, a Fenaban apresentou uma proposta a categoria que prevê reajuste de 5,5%, piso de R$ 1.321,26 para portaria, R$ 1,895, 25 para escritório e R$ 2.560, 23 para caixa e tesouraria e PLR de 90% do salário mais R$ 1.939,08 e parcela adicional.
“A proposta foi totalmente abolida pela categoria que entende que tem que haver um ganho perto da inflação e um pouco a mais que o ganho real. Por isso, ela não abre mão que a Fenaban apresente uma proposta melhor e vai para esse embate buscando o reajuste melhor para a categoria, ” disse o presidente do Sindicato dos Bancários de Rondonópolis e Região Sul de Mato Grosso, Luiz Carlos Morais Delgado.
Ainda conforme o presidente, esta deve ser a greve mais longa da categoria. “Temos uma previsão aí, pelos estudos que a gente já tem, que essa é a greve mais longa, devido à crise econômica que o país vem enfrentando e que os banqueiros podem estar usando isso daí para estar negando o reajuste dos bancários, apesar que nós sabemos que os bancos com essa crise financeira eles estão lucrando muito mais”, avisou o Luiz Carlos.
“Além do reajuste, estamos pedindo mais contratação, melhor atendimento, cuidado da saúde do bancário, são várias pautas. Também tem as cláusulas sociais é a quantidade de bancário no atendimento. Aumentar o número de funcionários, ” disse o secretário de Formação Sindical e Saúde: Almir Araújo.
Com a paralisação, todos os atendimentos ao público serão suspensos, mantendo apenas os autoatendimentos. “Todas as agencias vão fechar, funcionando apenas os 30% obedecido por lei para manutenção dos caixas eletrônicos, os autoatendimentos, mas não haverá atendimento interno ao público”, disse o presidente.
Em Rondonópolis, 14 agências bancárias devem ser ‘fechadas’ com a greve. Quanto ao número de bancários que devem paralisar as atividades são cerca de 840.