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Depois de ameaças, presidente do São Paulo é orientado romper com torcida organizada

Da redação com UOL
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Carlos Augusto de Barros e Silva, o Leco, presidente do São Paulo, tem sido aconselhado por membros de sua diretoria a romper com a Independente, principal torcida organizada tricolor. O rompimento seria feito principalmente com um anúncio de que a uniformizada não representa o clube e de que não terá canal exclusivo para comprar ingressos. Leco tem respondido apenas que não vai tolerar violência.

O principal argumento dos que defendem o rompimento são as ameaças de atos violentos por parte da Independente e a pressão para que Leco afaste seu vice de futebol, Ataíde Gil Guerreiro.

Parte dos diretores enxerga uma motivação política na exigência da demissão de Ataíde. Associam a cobrança a José Edgard Galvão, ex-chefe de gabinete de Carlos Miguel Aidar. Influente na torcida e afastado por Leco, ele foi o responsável por aproximar o ex-presidente dos líderes da Independente. Ataíde se desentendeu com Galvão no dia em que o então chefe de gabinete foi ao CT das categorias de base. O vice não admitiu a presença dele no local.

“Quem fala que estou por trás disso é um palhaço. Quem acha que uma torcida precisa ser estimulada a fazer algo diante do estado falimentar e humilhante em que o São Paulo está é um verdadeiro imbecil”, disse Galvão ao blog.

No domingo, membros da Independente foram protestar no CT da Barra Funda após a derrota por 6 a 1 para o Corinthians. Pediram a cabeça de Ataíde e pelo menos uma pedra foi arremessada no ônibus da delegação.

“É inaceitável que a direção do São Paulo insista num diretor que claramente provou não ter habilidade para o cargo e vive num estado falimentar. Ele não dá conta da própria vida, como vai dar conta da vida do clube? Só um imbecil mesmo para achar que alguém precisa motivar a torcida contra alguém assim e que ainda dá risada depois do que aconteceu domingo”, declarou Galvão.

Ataíde é criticado pela Independente por rir durante uma entrevista após a goleada e por não contratar Lugano, entre outras coisas.

O vice de futebol não atendeu aos telefonemas do blog. Porém, Leco explicou em entrevista coletiva nesta segunda que o dirigente sorriu ao ser gentil com um repórter depois da partida, mas que estava sofrendo com a goleada. A respeito de Lugano, a direção sustenta, desde a época de Aidar, que quem não quis trazer o uruguaio foi o técnico Juan Carlos Osorio.

A Independente, que sempre negou agir com motivação política, se revoltou ao ouvir Leco bancar a permanência de Ataíde durante a mesma entrevista coletiva. “Leco, com essa sua afirmação de que o Ataíde continua, sua história como presidente será curta, não vai se reeleger”, escreveu a Independente em sua conta no Twitter.

A Independente marcou para o início da tarde desta terça um novo protesto, agora em frente ao portão principal do Morumbi.

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