O candidato à presidência da Ordem dos Advogados do Brasil seccional Mato Grosso (OAB-MT), Pio da Silva, afirma que o atrelamento político do qual se encontra a instituição que representa os advogados do Estado com os poderes públicos, impedem o enfrentamento de problemas importantes que atingem toda a sociedade, como a morosidade na justiça.
De acordo com Pio da Silva, a gestão de Maurício Aude à frente da Ordem impediu que houvesse pressão sobre o poder executivo para realização de concursos públicos que atendessem a demanda do judiciário. Aude, assim como boa parte dos outros presidenciáveis, que também estão no mesmo grupo da atual direção, tem relações próximas com pessoas que fizeram parte do governo Silval Barbosa (PMDB), como o ex-chefe da Secretaria de Estado de Administração (SAD), Francisco Faiad.
“Esse atrelamento político da atual gestão impede avanços não só na OAB-MT como em toda a sociedade. Minha candidatura não tem influência nem dinheiro de partido político. Vou fazer o enfrentamento necessário para combater a morosidade na justiça, por exemplo”, disse.
Entre as propostas do candidato, Pio vai exigir a realização de concurso público para juízes e servidores, de modo a preencher as lacunas administrativas do poder judiciário mato-grossense. Além disso, ele irá se reunir com o Governador do Estado, Pedro Taques (PSDB), para viabilizar repasses maiores ao Tribunal de Justiça de Mato Grosso (TJ-MT).
“Vamos exigir concurso público para juízes e servidores. Precisamos de celeridade na justiça. Além disso, iremos conversar pessoalmente com o governador Pedro Taques para conseguir mais recursos para o poder judiciário”.
Segundo levantamento do próprio TJ-MT, quase 40 mil processos estão parados nas 79 comarcas do Estado.
Pio da Silva quer mudar essa realidade, começando por uma nova relação com o poder público, mais transparente e focada nos resultados.
“Vamos combater esse atrelamento político e iniciar na minha gestão a luta por uma justiça que atenda os interesses da sociedade”.