A Câmara Municipal ficou lotada ontem (15) para o debate sobre a falta de estrutura e a cobrança de pedágio na BR-163/364, trecho que liga Rondonópolis a outros municípios. A concessionária Rota do Oeste pediu o prazo de 90 dias para que apresente melhores condições de trafegabilidade.
Representantes de entidades, clubes de serviços, políticos e a sociedade em geral participaram da audiência pública solicitada pelo senador José Medeiros (PPS) com o apoio do vereador Rodrigo da Zaeli (PSDB) e deixaram claro a insatisfação com a rodovia.
Durante o encontro, o senador afirmou que a ideia era se reunir para buscar uma saída, porque hoje está se vivendo um impasse. “Estamos sem rodovia e pagando pedágio. Por isso solicitamos a presença dos órgãos competentes para que eles nos apresente um cronograma de melhorias para a rodovia”, disse.
De acordo com Medeiros a concessionária e o Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (DNIT) precisam acelerar as obras. “Queremos a estrada duplicada ou o fim do pedágio. Já fiz uma representação junto ao Ministério Público e ao Procon e agora vamos ver como ficará a situação”, explicou o senador.
O vereador Rodrigo da Zaeli afirmou que a audiência teve um papel importante porque a sociedade precisava de uma resposta. “Queremos saber o que aconteceu com a duplicação? Trechos com buracos, obras paradas e a população pagando o preço”, indagou o vereador.
O gerente de operações da Rota do Oeste, Fábio Abritta, disse que desde outubro de 2015 que a concessionária vinha fazendo os reparos na rodovia. “Começamos pelo trecho de Rosário do Oeste a Várzea Grande, onde haviam muitos buracos, depois passamos pelo trecho de Cuiabá a Serra de São Vicente e agora continuamos com os reparos de Jaciara a Juscimeira até Rondonópolis. Em 90 dias as obras estarão concluídas”, afirmou Abritta.
Segundo Abritta o contrato feito com a concessionária está sendo cumprido rigorosamente, mas existem alguns trechos que é de responsabilidade do DNIT. “Já investimos mais de 1,2 milhão, em breve serão aplicados mais R$ 3,9 milhões e o total da obra chegará a R$ 7 milhões”, contou.
Para o gerente de operações as reclamações são pertinentes, porém ele alega que o tráfego é muito intenso e a empresa estava trabalhando apenas a noite para não atrapalhar, por isso se criou a imagem de que a concessionária não estava fazendo a sua parte, já que ninguém estava vendo as ações. “Mas agora estamos trabalhando 24h por dia com reforço de pessoal e de máquinas. Cerca de 40% dos caminhões andam acima do peso em Mato Grosso, então com o agravo do período de chuva a situação fica ainda mais crítica”, justifica.
Abritta disse que a meta é trazer melhorias até junho e que até março serão entregues 117 quilômetros de duplicação sentido ao Estado de Mato Grosso do Sul. “Pelo contrato tínhamos que entregar 72 quilômetros, mas já vamos concluir os 117”, finalizou o gerente.
Já o superintendente do DNIT em Mato Grosso, Orlando Fanaia, informou que há esperança de retomada das obras de duplicação até março deste ano.