A Delegacia Especializada em Roubos e Furtos (Derf) concluiu e apresentou a imprensa na tarde desta quinta-feira (20) o inquérito policial sobre o roubo ao banco Sicredi e a troca de tiros após a localização dos assaltantes. Nos autos estão inclusive os áudios onde os suspeitos comentam como ocorreu a ação, a divisão do dinheiro e que não se entregariam caso fossem encontrados.

Segundo o delegado responsável pela Gerência de Operações Especiais (GOE), Ramiro Queiroz, apesar de terem vindo para a cidade para auxiliar a Polícia Civil nas investigações em relação ao caso do Padre João Paulo, os policiais do GOE estão preparados para atuar em qualquer situação e por isso após o assalto e a informação de onde estariam os suspeitos foram até o local. Segundo ele, ao chegar na casa os policiais já foram recebidos a tiros e por isso revidaram a injusta agressão, tentando preservar inclusive a vida de duas mulheres e uma criança de 4 anos que também estavam no local “Fomos para prender, cumprir a Lei, a intenção nunca é matar, apenas revidamos a agressão com uma conduta totalmente dentro da estrita legalidade” afirmou Queiroz.

Consta nos autos que na casa estavam os sete suspeitos que participaram da ação, uma menor de 17 anos que é namorada do suspeito que foi baleado e socorrido, e uma outra mulher identificada como Eliete Costa Cordeiro, 28 anos, mãe da criança e que inclusive tem passagens por tráfico de drogas e depois da ação foi reconhecida juntamente com a adolescente por roubar um estabelecimento comercial.

O envolvido Marcos Antonio Vieira, 20 anos, que sobreviveu a ação já tem passagens por furto, tráfico e roubo qualificado e estava morando em Primavera do Leste. Ele foi ouvido pelo delegado da Derf e inclusive afirmou que se caso o suspeito Thiago não tivesse morrido ele mesmo o mataria por ter começado o confronto e ter colocado a vida da criança e da namorada em risco.

Thiago Rodrigo Soares, 21 anos, segundo informações era o mais violento da quadrilha. Ele era apelidado de homem-bomba, quebra osso e arranca-unha e se auto intitulava como ‘Guerreiro programado para matar e morrer’. É ele quem aparece nas gravações agredindo o guarda da agência bancária e foi ele quem começou a troca de tiros. Ele inclusive pegou a criança de 4 anos e usou como escudo mandando que os policiais atirassem nele. Ele também estava envolvido no assalto a Casa Lotérica e a um supermercado em Rondonópolis e já tem passagens por roubo, tentativa de homicídio e sequestro contra a filha de um policial civil.

 

Kaique Leandro Oliveira Martins, 18 anos, morava em Lucas do Rio Verde e já tinha passagens por ameaçar uma professora quando ainda era menor e roubo a motocicleta.

Douglas da Silva Nunes, 24 anos, morava em Rondonópolis e já tinha passagens por roubo na Bahia e o setor de inteligência está confirmando a existência de um mandado de prisão em que ele teria usado nome falso.

O menor de 17 anos, que também foi morto em confronto, residia em Barra do Bugres e já tinha passagens por roubo, porte ilegal de arma de fogo, tráfico e condução de veículo alterado.

Mateus Jones Back, 31 anos, estava a pouco tempo em Rondonópolis e tinha passagens por tráfico de drogas e assalto.

Carlos Henrique Fontanele Nascimento, 21 anos, que morava em Rondonópolis, de início não foram encontradas passagens que ligassem ao mundo do crime, porém após análise no aparelho telefônico foram encontradas fotos e áudios que comprovam o envolvimento, inclusive com membros do Comando Vermelho em Mato Grosso.

De acordo com o delegado Regional Claudinei Lopes, o trabalho para a apuração de inquérito foi realizado pela Derf juntamente com o Núcleo de Inteligência que conseguiram chegar a dados importantes.