O sargento do Corpo de Bombeiros Edimilson Nunes de Oliveira, 43, foi morto a tiros na sexta-feira à noite no bairro Água Limpa, em Várzea Grande. Ele estava na casa do irmão, o também sargento Nelson Nunes de Oliveira, quando duas pessoas em duas motos passaram atirando. Nelson foi ferido por três tiros e está internado em estado grave. Uma terceira pessoa também foi baleada.
Os dois sargentos serviam no 2º Batalhão do Corpo de Bombeiros, em Várzea Grande. O crime aconteceu por volta das 23h30. Segundo informações da Polícia Militar, Nelson se envolveu em uma discussão com um rapaz chamado Patrick Charles de Oliveira, suspeito de ser um dos atiradores. Ele foi embora e, minutos depois, dois homens chegaram no local e começaram a atirar em quem estava ali. Edimilson foi atingido no peito por um tiro. Ele chegou a se socorrido por uma equipe do 2º Batalhão do Corpo de Bombeiros, que fica perto dali, mas não resistiu e morreu no local.
Nelson tentou se esconder atrás de uma porta, mas foi ferido no rosto, no tórax e na perna. Seguiu para o Pronto-Socorro Municipal de Várzea Grande. Ele teve perfurações no intestino, no estômago e no fígado. Seu estado é considerado grave e ele deve passar por cirurgia.
O outro ferido foi Bento Getúlio da Cunha, de 26 anos. Ele levou um tiro na perna e foi levado para o Pronto-Socorro de Cuiabá, mas seu estado de saúde não é considerado grave.
O filho de Nelson, Joadson Santana de Oliveira, contou à polícia que ouviu Patrick dizer que estava indo embora, mas que ia voltar em seguida e atirar em quem estivesse ali, não importando se tinha parentes ou não no local.
A polícia ainda não conseguiu prender os criminosos. Pelo menos uma das armas era um revólver calibre 38. O outro suspeito não foi identificado.
O tenente-coronel Paulo Barroso, comandante do 2º Batalhão do Corpo de Bombeiros, lamentou a perda. “O sargento Oliveira era uma pessoa tranquila, responsável e muito comprometido com o trabalho. Era um ótimo profissional, é uma grande perda para a instituição”, disse.
Antes de ser transferido para Várzea Grande, o sargento trabalhou durante muito tempo na Companhia de Urgência e Resgate de Acidentados (Cura). Ele estava no Corpo de Bombeiros há mais de 20 anos, segundo Barroso.
O corpo dele seria velado na Capela Jardins, em Cuiabá. A família dele mora na região da Aldeia, no bairro Dom Aquino.