Acampados na fazenda Rancho Verde, em Cáceres, no Oeste do Estado, integrantes do Movimento dos Trabalhadores Sem Terra (MST), denunciam suposto crime ambiental, na área. Eles detectaram que o lixo doméstico e a intervenção do homem estariam contaminando pelo menos três minas d’água no local. A suposta contaminação fica próximo da região urbana da cidade, onde estão cerca de 180 pessoas acampadas a espera da reforma Agrária.
Os recursos naturais estão altamente poluídos, várias minas foram destruídas para a construção de uma represa que se tornou um verdadeiro deposito de lixo doméstico. Além disso, o local é utilizado por populares para lazer uma vez que fica próxima área urbana, assinala o coordenador do MST. Wellington Pereira do Nascimento, acrescentando que durante a semana os acampados promoveram um mutirão de limpeza e ação de conscientização da população que freqüentam a represa.
Disse que foram retirados mais de 50 quilos de lixo da área, destacando que ainda existem minas com água cristalina aparentemente apropriada para o consumo que vem sendo utilizado pelas famílias acampadas.
Indignado com a situação, o coordenador do MST classificou a poluição do local como um crime ambiental. “O que fizeram aqui é um crime, jamais poderia ser feita uma represa nesse local interrompendo o curso natural das minas. Aqui foram encontrados de tudo, desde lixo doméstico até carcaças de animais, restos de móveis e eletrônicos”.
Cerca de 320 famílias integrantes MST ocuparam simultaneamente no último dia 14, as fazendas Rancho Verde no município de Cáceres, e Mutum em Mirassol D Oeste, região de fronteira Brasil Bolívia. Os dois latifúndios somam aproximadamente 6 mil hectares e são consideradas improdutivas pelo movimento. Ambas estão com processo de desapropriação junto aos órgãos competentes.