A apoteótica chegada de Ronaldinho Gaúcho ao Rio de Janeiro, em janeiro, ao ser anunciado pelo Flamengo, de certa forma se repetiu na quinta-feira (28), no retorno da delegação após o histórico triunfo diante do Santos. Contudo, a eterna lua de mel na qual o astro dá a impressão de viver com os torcedores já esteve ameaçada em duas oportunidades. Mas, em ambas, seu talento em campo o salvou.
Há sete meses na Gávea, Ronaldinho dá a impressão de precisar ser desafiado para, então, reagir e encantar os rubro-negros com sua performance em campo. Foi o que ocorreu na quarta-feira (27) e que já havia acontecido dentro do Brasileiro.
Amante da noite carioca, o jogador costuma sair quase que diariamente. O fato, nos primeiros meses do ano, não incomodou a torcida flamenguista, encantada com o título invicto do Carioca. Porém, bastaram os primeiros tropeços no Brasileiro para sua vida particular passar a ser questionada.
A série de quatro empates seguidos no início da competição foi cruel para Ronaldinho, que deixou o campo vaiado no empate sem gols com o Botafogo, no dia 19 de junho. Como consequência, viu alguns torcedores criarem o “Disk-Dentuço”, como forma de dedurá-lo na noite.
Entretanto, a resposta veio na rodada seguinte. Na goleada por 4 a 1 diante do Atlético-MG, no Engenhão, Ronaldinho marcou um golaço e comandou a virada rubro-negra, deixando o estádio ovacionado.
Essa havia sido sua melhor atuação com a camisa do Flamengo. Isso até a última quarta-feira, quando, ao marcar três gols, teve atuação de gala no sensacional triunfo por 5 a 4 diante do Santos, na Vila Belmiro.
A exibição voltou a livrá-lo da fúria do torcedor. Isso porque Ronaldinho foi bastante questionado ao desfalcar a equipe no jogo anterior, contra o Ceará, por ter combinado com Thiago Neves de forçar suspensão.
O empate por 1 a 1, em casa, diante dos cearenses, irritou os flamenguistas e, por pouco, o astro não recebeu punição da diretoria. Tudo foi esquecido com seus gols, passes, dribles e arrancadas na Vila.
Esse é o Ronaldinho Gaúcho versão 2011, que consegue “fugir” das pancadas da torcida fora de campo, mas não se livra dos marcadores. Após 12 rodadas de Nacional, o camisa 10 lidera o ranking dos que mais sofrem faltas.
