Cheia de planos e bons resultados. Assim Elisângela Adriano chegou aos 39 anos de idade, 20 deles dedicados ao lançamento de disco. Após conquistar um novo recorde sul-americano – 62 metros -, batendo a própria marca, de 13 anos atrás, a atleta volta as atenções para o Pan-Americano de Guadalajara-MEX, em outubro, e em especial para as Olimpíadas de Londres, no ano que vem. Esta provavelmente será a última competição da brasileira, que participou das últimas três edições.
– Estou ficando como o vinho: cada vez melhor. Espero que continue assim. Tenho um sonho pessoal de uma marca que sempre quis bater. Vamos ver. Nas Olimpíadas, talvez, pode sair (risos) – brincou Elisângela, que fez aniversário na última quarta-feira.
A aposentadoria já foi adiada mais uma vez. Ainda assim, ela não abre mão de ter um filho em breve. Seja naturalmente ou via adoção.
– Quero ser mãe, constituir uma família. Ou ter filho ou entrar na fila da doação. Tem tanta criança por aí, né? Quero ter alguém me chamando de mãe – contou.
Ao lado da campeã há 24 anos, o técnico João Paulo Cunha recorda o início de Elisângela.
– Lembro que, quando ela começou, a mãe veio junto à pista e autorizou dar uns tapas nela, se fosse preciso – divertiu-se.