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ENTREVISTA: “Tudo é história, não existe nada que não passe por ela…”

Fonte: MÍRIAM TRENTO
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A Professora Doutora Luci Léa Lopes Martins Tesoro é escritora de oito livros, sendo que quatro tiveram como tema a história de Rondonópolis. Luci Léa deu aulas na UFMT durante 16 anos e hoje se dedica a família e a obras assistências como voluntária.

Como forma de expressão, Luci Léa, também pinta quadros, compõe músicas, toca piano e violão. Entre as suas obras publicadas estão “Rondonópolis MT: Um entroncamento de mão única”, “Descobrindo Rondonópolis”, “Rondonópolis – MT – Um Perfil Histórico”, “Parece ficção, mas eu juro que é verdade”, “Experiência de Mulheres” e “Paróquia Bom Pastor: Uma Construção na Fé”, contaram com a co autoria da Professora Doutora Laci Maria Araújo

Imagem: LUCI LEA 2 ENTREVISTA: “Tudo é história, não existe nada que não passe por ela...”
FOTO VARLEI CORDOVA / AGORA MT

Alves. Seus livros são conhecidos no meio acadêmico e serve como apoio para muitas pesquisas.

– De onde surgiu a ideia de escrever livros sobre Rondonópolis?

O livro foi desenvolvido a partir da minha tese de doutorado que eu defendi em 1993, pela USP, e o tema era “Rondonópolis-MT: Um entroncamento de mão única” e a partir desta tese que veio dar subsídios para eu poder embasar a história da cidade. Depois do doutorado, percebi que havia a necessidade de repassar as informações para meus alunos, já que na época eu dava aulas na UFMT sobre a história de Rondonópolis e não existiam dados da cidade documentados em livros, então decidi publicar a primeira obra e as outras foram surgindo conforme a necessidade que eu percebia da população em conhecer a história local.

– Quais os pontos que a senhora destacaria como curiosidade da história de Rondonópolis?

A maior parte das pessoas divulga que Rondonópolis surgiu há pouco tempo, em 1953, mas essa data foi apenas a emancipação, à história dela é muito mais antiga que começou lá em 1902 com o povoamento sem contar que a ocupação aconteceu antes. Outra curiosidade é o nome Rondonópolis, já que o fundador não foi Rondon, ele é apenas o Patrono. Otavio Pitaluga que era major e assessor das linhas telegráficas junto com Rondon, foi quem em homenagem a Rondon colocou o nome da região de Rondonópolis.

– Qual a diferença da sua obra em relação às outras existentes?

O mais difícil é quem vem primeiro, porque a história não tem como fazer só no que achamos ser, é preciso ter embasamento documental. Agora quando alguém já escreveu, já tem uma configuração histórica e geográfica mais palpável para ir seguindo é mais fácil desenvolver outro trabalho. Eu acredito que o meu trabalho abriu um leque, onde outras pessoas podem se aprofundar.

– Qual a importância da história para a educação?

Tudo é história, não existe nada que não se passe por ela. A história passa pela cidadania, você precisa saber sobre a história da sua família, do bairro, da comunidade quanto mais você conhece mais consegue se interagir. È importante saber sobre ela, seja ela local, do Brasil, familiar. A história vai muito além do que as pessoas pensam, ela é um processo amplo que as ajudam a viver.

– Como surgiu o seu interesse pelos livros?

Desde pequena gosto de escrever, sempre gostei de estar colocando no papel sentimentos, mas eu nunca achei que seria escritora. Depois que terminei meu doutorado percebi que eu tinha assunto suficiente para poder escrever uma obra, então, eu comecei a escrever com o intuito de atingir mais pessoas com a história, sem contar que saber que os outros estão lendo o que escrevo é muito prazeroso.

– A senhora está trabalhando em algum projeto?

De início eu pensei em fazer mais coisas, mas eu tenho um projeto que não depende de mim, o que o torna mais difícil. A minha proposta é conseguir parcerias para eu reescrever e reeditar algumas das minhas obras para levar até os nossos alunos que estão sem material didático. Alguns dos meus livros são usados em concurso e monografias e as edições estão esgotadas, existindo a necessidade de novas edições.

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