Um grupo de mulheres se reuniu de frente ao Centro de Atendimento Integrado à Saúde da Mulher (CAISM) para reivindicar que a unidade inicie as atividades com a máxima urgência, pois o local está pronto para funcionar e está abandonado por falta de equipamentos.
A presidente do Conselho Municipal dos Direitos das Mulheres, Sandra Raquel, declarou que a ação não é um ato de promoção política, como alguns pensam, mas sim um ato de cobrança de atenção às mulheres que estão desamparadas. “Fala se muito em atenção às mulheres, campanhas de prevenção ao câncer e uma série de outras iniciativas, mas na pratica a realidade é bem diferente, as mulheres estão jogadas à sorte. Queremos um posicionamento real e definitivo, já estamos cansadas de promessas e mais promessas, e enquanto isso vidas estão em risco, por falta de atitude do poder público”, desabafou.
Maria Edvânia Nunes, moradora da região da Vila Operária, vê com preocupação o descaso as autoridades que deveriam garantir o bem estar social. O moradora relatou que realiza tratamento de nódulos nos seios e precisa realizar exames de mamografia e raio X duas vezes por ano, e parte dos exames precisa ir para Cuiabá para ser atendida devido a demora no tratamento em Rondonópolis.
“É tudo muito demorado, estou com um raio X para ser feito já tem uns seis meses. O exame de 2010 vou conseguir realizar esta semana, os deste ano não tenho previsão de quando poderei fazê-lo. Enquanto isso corro risco de morte”, questionou a moradora e disse estar preocupada, pois possui casos de câncer na família e qualquer descuido pode ser fatal.
Enquanto o CAISM não funciona o prédio serve de refugio para marginais que utilizam o local para uso de drogas e relações sexual, além da depredação da unidade.