Pecuaristas credores do Frigorífico Mata Boi, que entrou com processo de recuperação judicial, se reunira na tarde desta quarta-feira (10/08), no auditório do Sindicato Rural, para discutir uma contraproposta que será apresentada na Assembleia Geral dos Credores – AGC, para discussão do plano para quitação do débito, pois não concordaram com a pré-proposta da empresa.
O advogado Sergio Guareschi, coordenador da equipe de assessoria jurídica do Sindicato Rural, informou que o processo pode ser demorado, tendo em vista que todos os credores precisam concordar com o plano de recuperação de debito.
“Todos os 200 credores da região sul de Mato Grosso, os pecuarista dos outros Estados, bancos, trabalhadores têm que concordar com a proposta para a quitação da dívida para que o frigorífico possa dar início ao plano de recuperação judicial, por esse motivo é importante que os pecuarista já tenham uma contraproposta, caso não concordem com sugestão do representante do Mata Boi”, orientou o advogado.
O superintendente da Associação de Criadores de Mato Grosso (Acrimat), Luciano Vacari, frisou que é de suma importância a união dos pecuaristas para que possam ter mais representatividade durante as negociações na Assembleia. “Estamos com um problema e precisamos resolvê-lo e para isso temos que chegar a um acordo de como desejamos receber do Mata Boi, de forma que a classe esteja a contento”.
Inicialmente a proposta do frigorífico aos pecuaristas, feita informalmente no dia 15 de junho, foi de pagamento aos credores com créditos até R$ 60 mil de maneira integral em 4 pagamentos trimestrais de 25% do valor total deste grupo de credores. Quem possuiu crédito acima dos R$ 60 mil, receberiam após um período de carência de 12 meses, em 12 pagamentos trimestrais de 8,33% do crédito de cada credor.
Em unanimidade os pecuaristas decidiram por apresentar a proposta de pagamento a todos os credores, independente do montante da divida, de R$ 100 mil em 30 dias após a homologação do Plano aprovado pela Assembleia Geral dos Credores – AGC, o restante do crédito dividido em 24 parcelas mais correção monetária pelo índice do INPC.
A Assembleia Geral dos Credores – AGC ainda não foi agendada, dependerá do resultado da audiência que será realizada não próxima quarta-feira (17) entre o representante do frigorífico com o juiz.