A Casa Abrigo Rotativo de Rondonópolis comemorou nesta segunda-feira (12/09) o 11º ano de existência, a festa contou com os funcionários, as crianças e adolescentes envolvidas no projeto, a prefeita em exercício Marília Salles, lideranças religiosas e também primeira conselheira tutelar do município e uma das fundadoras da casa, Alaíde da Silva Cláudio.
A Casa Abrigo tem funcionamento mantido com o amparo da prefeitura, por meio da Secretaria de Promoção e Assistência Social. Sendo a Promotoria da Infância e Juventude a responsável pelo respaldo jurídico e que se compromete a destinar crianças em situação de abandono a morar na instituição em caráter temporário. O segundo passo é o estudo de uma família que procura a Promotoria para realizar uma adoção. Hoje, no entanto, das 24 crianças da casa 12 já são tidas como fixas.
A coordenadora da Casa, Dinamar Borges Ferreira da Cunha, garante já ter visto histórias de amor entre casais que resolveram adotar as crianças da casa. “É incrível o que presenciamos aqui. Quase sempre quando a promotoria indica os pais eles chegam aqui e é amor a primeira vista”, afirmou. Já passaram pela Casa Abrigo 1.757 moradores durante os seus 11 anos. Em um ano e meio na coordenação Dinamar vê nos jovens mais do que um trabalho. “São Filhos”, declarou.
A prefeita Marília fez questão de homenagear no discurso o empenho dos funcionários que trabalham na Casa Abrigo. Aproximadamente 17 servidores prestam serviços que permeiam em assistência médica, psicológica e pedagógica. “Lutamos para fazer desta casa um lar verdadeiro para estas crianças e jovens. E sem dúvida só conseguimos pela ajuda destes trabalhadores que aqui estão todo dia com amor e dedicação”, lembrou.
A noite ainda teve salgadinhos e pregações da palavra de Deus com representantes da Igreja Católica e da Presbiteriana Boas Novas. Além da presença de dona Alaíde da Silva Cláudio. Ela foi quem começou toda a história da casa. “Fui a primeira conselheira do município e sempre via a necessidade de um lugar específico para cuidar das crianças. Fiz então da minha casa a primeira Casa Abrigo e graças a Deus hoje essa iniciativa faz 11 anos”, comemorou.
Maria Amélia Rodrigues da Costa é Engenheira Agrimensora. Teve a confirmação médica assim como o marido de ter condições genéticas de ter um filho. No entanto, afirmou que o sonho de adotar falou mais alto e o destino trouxe o Mateus e o Marcos, gêmeos de 3 anos, para sua vida. Os dois eram moradores da Casa Abrigo e há oito meses foram morar com Maria, em guarda ainda provisória, o que para ela significou vida nova. “Tinha muitos problemas de saúde. Enxaqueca diária que parecia incurável. Quando os meninos entraram na minha vida tudo mudou e ganhou luz”, garantiu.