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Sexo e dor não combinam

Fonte: DA REDAÇÃO COM TERRA/SAÚDE PARA ELAS
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Imagem: SEXO E DOR Sexo e dor não combinam
Foto: Internet

Sentir dor durante a relação sexual é um forte indício de que algo não vai bem. O problema, que pode ser de ordem fisiológica ou psicológica, é um alerta do corpo para que a mulher procure um médico e não comprometa sua saúde sexual, já que o sexo é uma atividade que serve como descarga de energia, promovendo a sensação de prazer e bem-estar e, portanto, não deve estar associada à dor.

As dispareunias – nome científico da dor durante o ato sexual – possuem graus e níveis diferentes, assim como uma variedade de causas, que podem ser psicológicas ou fisiológicas, como doenças no trato urinário, DSTs ou inflamações na pélvis.

“Para descobrir o que há de errado é preciso o identificar o tipo de dor. Se for no início da penetração, trata-se de uma dispareunia superficial, mas se for durante o movimento sexual ou ainda, após a penetração, será profunda,” ensina a Dra. Vilma Maria da Silva, ginecologista e obstetra responsável pelo Ambulatório de Sexualidade Humana do Hospital das Clínicas da Universidade Federal de Pernambuco (HC-UFPE).

Com medo do diagnóstico ou até por vergonha do parceiro, no entanto, muitas mulheres deixam de procurar ajuda e prolongam o sofrimento que, em muitos casos, seria fácil de resolver.

Causas emocionais
Duas disfunções de ordem psicológica responsáveis pela sensação de dor durante o sexo são o vaginismo e a anorgasmia, problemas que podem levar à falta de lubrificação e, consequentemente, resultar em dor durante a relação.

Ambas as disfunções podem ter causas primárias ou secundárias. Encaixam-se no grupo das primárias, mulheres que tiveram uma educação repressora ou são muito religiosas e, por isso, tendem a achar que o sexo é algo ruim. No segundo grupo, estão as mulheres que sofreram traumas pontuais como abusos, um parto mal-sucedido ou que tiveram uma primeira relação sexual dolorosa.

Paulo Rennes, coordenador do Núcleo de Estudos da Sexualidade da Universidade Estadual Paulista Júlio de Mesquita Filho (UNESP) explica que o tratamento é mais fácil para mulheres do segundo grupo, mas eficaz na maior parte dos casos. “Dependendo do grau de complexidade, o psicólogo realizará sessões de terapia sexual para ensiná-las a conhecer o próprio corpo ou recomendar a psicoterapia, cujo foco vai além da sexualidade.”

Causas fisiológicas
As vulvovaginites – candidíase e vaginose, por exemplo – podem ser responsáveis pela dor durante o ato sexual. Causadas pela proliferação de fungos ou bactérias na flora vaginal, elas deixam a vulva muito sensível, o que causa dor durante a penetração. Pacientes com herpes genital sofrem ainda com erupções e feridas na região íntima, o que provoca dores ainda mais fortes. Mas o tratamento é simples, com medicação oral ou cremes vaginais.

Doenças sexualmente transmissíveis e qualquer interferência no trato urinário também geram desconforto e ardência durante e após as relações sexuais. A tricomoníase tem sintomas similares, com ocorrência de coceira e, por vezes, sangramentos.

Má formação das trompas, endometriose, doença inflamatória pélvica, cisto torcido dos ovários, tumores benignos e gravidez ectópica, quando o bebê está fora do útero, são as causas mais comuns para a dispareunia profunda. Nesses casos, as queixas são dores no baixo ventre durante a movimentação sexual, sendo preciso um exame mais atento, como o ultrasom para identificar o que há de errado.

Diante da variedade de diagnósticos, médicos reforçam a importância de procurar um ginecologista o mais rápido possível e, durante a consulta, relatar com detalhes tudo que está errado. “Não é normal sentir dor ou desconforto durante o sexo. Quem tiver os sintomas e não procurar um médico só irá prolongar o sofrimento, em geral, de fácil diagnóstico e tratamento”, diz Vilma.

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