Remédios a base de Anfetamina foram banidos pela diretoria da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) nesta terça-feira (04/10), e colocadas restrições para o uso de produtos derivados de Sibutramina .
A baixa eficácia na perda de peso e o risco à segurança do pacientes são os fatores observados pelo diretor-presidente da Anvisa e relator do processo, Dirceu Barbano, que se baseou em estudo internacionais de analise dos inibidores de apetite anfetamínicos, para propor a abolição do medicamento.
Os remédios anfetaminicos, usados há mais de 30 anos no país, estão proibidos de serem prescritos pelos médicos. As farmácias e drogarias terão dois meses para retirá-los das prateleiras, para que os pacientes tenham tempo para readequar o tratamento.
O relator sugeriu que os remédios a base de sibutramina continuem disponíveis no mercado para o tratamento de obesidade desde que o paciente apresente sobrepeso significativo e não sofra de problemas cardíacos. O paciente e o médico terão de assinar termo de responsabilidade sobre os riscos à saúde.
Lançada em fevereiro deste ano, a proposta original da Anvisa era vetar os emagrecedores, tanto os feitos com anfetamina como aqueles à base de sibutramina, seguindo o exemplo dos Estados Unidos e da União Europeia. O principal argumento era que os riscos à saúde oferecidos por esses remédios, como problemas cardíacos e alterações no sistema nervoso central, superam o benefício da perda de peso.
No último relatório, os técnicos decidiram vetar os anfetamínicos e manter a sibutramina, pois há comprovação de que o último ajuda a reduzir o peso de 5% a 10% em um prazo de quatro semanas. A Câmara Técnica de Medicamentos (Cateme), formada por especialistas externos que prestam consultoria à Anvisa, sugeriu o banimento dos dois tipos de inibidores de apetite por não trazerem benefícios (redução do peso) ao paciente.