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O voto jovem de hoje. (parte 1)

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Votar com consciência social, discernindo o que é melhor para o município, mas sobretudo votar com o coração, com a sensibilidade e o senso de justiça para enxergar o sofrimento dos pobres que mais precisam do serviço publico. Este é um direito e uma obrigação dos jovens que começam a participar, não apenas das eleições, mas também da organização de grupos e do debate sobre o futuro que queremos. E alguns me dizem ainda que os jovens não gostam de política, mas o jovem não é um sujeito isolado do restante da sociedade. E, de uma forma geral, toda a sociedade tem partilhado certa descrença na ação política. Num contexto histórico em que muitas pessoas estão desanimadas com a política, é evidente que muitos jovens também vão partilhar desse sentimento. No entanto o que é a política? Nas últimas pesquisas realizadas com jovens sobre este tema é interessante notar que, ao falar de política, muitos afirmam que não gostam. Mas quando se trata do tema da participação social, a maioria acha que é muito importante. E participar não é um ato político? A palavra política está muito associada ao governo, ao partido e se ampliarmos esta noção de política para a idéia de participação pública como tem um forte engajamento, maior inclusive que qualquer outro segmento social. Ainda sim muitos perguntam por que e o que leva os jovens a desacreditar na política. Primeiro, é entendermos o que de fato o jovem está chamando de política. Algumas palavras são muito significativas, mas estão desgastadas quanto ao seu uso. Evidentemente isso não é por acaso. No campo da política institucional, a forma com que muitos políticos profissionais têm tratado as questões públicas faz com que desacreditemos que qualquer mudança seja possível. Da mesma forma, a mídia também contribui para que tenhamos uma idéia ruim da política. Valoriza se muito, nos noticiários, atitudes de corrupção, nepotismo e muito pouco ou quase nada as boas ações políticas. Há uma série de leis e políticas públicas importantes que forem pensadas por gente muito comprometida. Mas tenta-se colocar todos no mesmo saco. Conhece-se apenas maus exemplos, o descrédito dos jovens a esta política institucional será natural. E para isso é de suma importância a participação dos jovens na vida publica de sua cidade, do seu país. Afinal, como membro de uma sociedade, ele tem responsabilidades sobre rumos que ele vai tomar. Porém isso não é responsabilidade apenas dos jovens, mas de todos. Por vezes, pretende-se lançar nos ombros da juventude toda a responsabilidade pela mudança social. E há também uma crença de que, por se tratar de jovem, a ação política que dele vem será sempre boa. Há jovens políticos no congresso que ao tratar do tema da participação, não podemos ignorar o seu conteúdo ideológico. Ou seja, não basta que o jovem participe estes mesmos são questões fundamentais. O jovem não é naturalmente revolucionário. Dependendo do processo formativo de opinião em que teve, pode ou não ter uma atitude revolucionaria.

 

 

José Olavo Pio

 È acadêmico de engenharia civil em Rondonópolis.

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