Os servidores fizeram um movimento de paralização na quarta-feira para poderem reivindicar aumento no piso salarial e mais condições de trabalho. O prefeito José Carlos do Pátio reuniu a imprensa para falar que atitude do Sindicato e dos servidores foi de irresponsabilidade, já que não há justificativas para uma paralisação.
O presidente do Sindicato dos Servidores Públicos Municipais de Rondonópolis (Sispmur), Rubens Paulo, falou que foi enviado um ofício ao prefeito e que no dia 10 de outubro ele já estaria sabendo sobre a paralisação, que aconteceria caso Pátio não recebesse a categoria. “Ele não nos recebeu, ou seja, a irresponsabilidade foi dele. Foi o prefeito quem não se preocupou com as pessoas que levantam cedo, ganham pouco e que teria que arrumar uma pessoa para cuidar de suas crianças por não terem onde deixa-las, já que a escolas não funcionariam”, diz.
Segundo Rubens o prefeito não tem cumprido com o seu papel de gestor e que até mesmo os seus dois últimos líderes na Câmara concordaram que Pátio não está cumprindo a sua agenda. “O prefeito ganha R$ 17 mil para poder fazer bem feito o seu trabalho e isso não vem acontecendo. Nós tentamos por várias vezes dialogar com o prefeito e ele nunca nos recebe, fazendo pouco caso dos servidores”, fala.
Em relação ao Plano de Cargos, Carreira e Salários (PCCS), Rubens, falou que como sempre o prefeito distorce o que lhe é pedido. “Nós não pedimos a troca do PCCS do município com o do Estado, mas sim que o piso inicial fosse igual ao dos profissionais da educação do Estado”, conta.
De acordo com Rubens no momento não falta professores, mas que isso já aconteceu por falta de concurso público. O presidente do Sispmur contou que a estrutura das escolas começou a piorar de dois anos para cá. “Além de falta de estrutura nos prédios das escolas também faltam material de limpeza e pedagógico”, alega.
Rubens comentou que a data base para discutir as questões de salário da educação é em janeiro e que tem apenas dois meses para que ocorra a negociação, já que no ano que vem é ano eleitoral. “Estamos pedindo para que seja antecipado porque se a greve acontecer ano que vem vão falar que é ‘partidarismo’ e não será a primeira vez que vão acusar o sindicato disso”, salienta.
Para o presidente se o prefeito não receber a categoria para dar andamento nas discussões, o ano que vem pode iniciar sem aulas nas escolas.