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Estamos realmente preparados para a chegada da Ferronorte?

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Com a chegada dos trilhos da Ferronorte a Rondonópolis, prevista para acontecer até julho de 2012, causa-nos muita apreensão a lentidão com que as adaptações vêm se processando, diante do boom que este evento irá causar em nosso município.

Todos da classe política – sejam vereadores, deputados estaduais e federais, senadores, governador e até o próprio Governo federal – têm que se atentar para as exigências que o Porto Seco da Ferronorte irá requerer, uma vez que a cidade terá que passar por uma reestruturação profunda, em todos os sentidos.

A instalação de mais trinta novas indústrias de grande porte e outras transformadoras de portes pequeno e médio, acrescentando-se aí mais um tanto de outras empresas que estarão ligadas às atividades que envolvem a Ferronorte, significam a expansão industrial e comercial, mas principalmente, a educacional, a social e a habitacional, sem esquecermos da área da saúde.

Temos que melhorar a malha viária da cidade, o trânsito, a Educação, prever a demanda que o aumento da população irá exigir, como mais serviços de saúde, ensino superior – e aí entra a urgência da emancipação do campus da atual UFMT para Universidade Federal de Rondonópolis e também a instalação de um campus da Unemat -, já que a Ferronorte fará com que haja uma migração enorme de pessoas para Rondonópolis.

Não bastasse isso, haverá uma oferta significativa de empregos que envolvem a qualificação da mão-de-obra local, cujos atores terão que freqüentar cursos para tanto, sejam eles do Senai, SENAC ou do Cefet, Caso isso não aconteça, as empresas que aqui se instalarão – como já vem acontecendo com algumas que já estão funcionando – terão que trazer pessoal qualificado de fora, ocupando vagas e oportunidades que os rondonopolitanos poderiam dispor.

Portanto, urge que a classe política se reúna com os demais segmentos da sociedade e trace um projeto de implantação do Porto Seco, que aponte as deficiências atuais e preveja as adequações que se farão necessárias com essa instalação, sob pena de termos uma situação aflitiva, comprometedora e caótica quando nos defrontarmos com a realidade. Está na hora de pararmos de fazer discursos e passar à ação, para que Rondonópolis, finalmente, passe à condição de grande cidade e consiga administrar os problemas que tal evento também trará em sua implantação.

 Adonias Fernandes de Souza é vereador do PMDB em Ronondópolis.

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