Relatório divulgado nesta terça-feira pelo Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea) mostra uma queda de 14,3% no índice que mede a chamada vulnerabilidade nas famílias brasileiras. O valor trata das dificuldades sociais e econômicas encontradas pelos brasileiros em áreas como acesso ao conhecimento e trabalho, escassez de recursos, desenvolvimento infanto-juvenil e condições de moradia.
O levantamento é resultado do Comunicado nº 131 – Vulnerabilidade das Famílias entre 2003 e 2009, elaborado a partir de dados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad) de 2003 a 2009. O documento diz que as famílias que mais encontram dificuldade nas áreas analisadas estão nas áreas rurais, em Alagoas, Maranhão, Piauí e interiores do Ceará e de Pernambuco. Sendo que o Norte foi a região que apresentou a menor evolução dos indicadores no período.
Foi feito um recorte do mesmo índice nas áreas urbanas e rurais de cada região, dado que mostra a precária condição ruralista encontrada em boa parte do País, com exceção do Sul, onde a diminuição no índice de dificuldades de desenvolvimento e moradia no rural e urbano difere em pouco mais de 1%. Essa diferença no Norte chega a atingir cerca de 5% (urbano, -15,8%; rural -20,0%). Já o Nordeste registrou uma queda de 15,6% na área urbana e 12,9% na rural.
Se no índice geral de todas as dimensões a queda foi – 14,3%, a vulnerabilidade no desenvolvimento infanto-juvenil foi a que mais registrou baixa, de -26,4%, seguida por pela escassez de recursos, com uma diminuição de -24,2%. No acesso ao conhecimento o índice é de -6,9%, no acesso ao trabalho, de -20,3% e nas condições habitacionais de – 15%.
A redução da vulnerabilidade foi superior a 10% para 24 dentre as 27 unidades consideradas. Todos os Estados que menos diminuíram sua vulnerabilidade encontram-se no Norte: Rondônia (-8,8%), Amazonas (-6,8%) e Pará (-7,7%). No entanto, é curioso analisar que o Estado que mais diminuiu a vulnerabilidade entre as famílias se encontra na mesma região, o Amapá (-18,4%). Em seguida vem o Distrito Federa (-17,8%), Maranhão (-17,7%) e Minas Gerais (-16,8%).