A Secretaria de Agricultura reuniu hoje pequenos produtores, feirantes, representantes de associações de produtores e responsáveis pela merenda escolar para discutir sobre alimento que está chegando nas escolas. O Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação (FNDE) determina que 30% da merenda escolar tenham origem da agricultura familiar e isso não tem acontecido em Mato Grosso e nem em Rondonópolis.
Valdir Correa, ex- secretário Municipal de Agricultura, afirmou que participou de uma reunião realizada em Cuiabá, onde o Estado divulgou que a medida dos 30% não estava sendo respeitada. “No ano passado foram gastos R$ 27 milhões com merenda e desse valor nem 15% veio da agricultura local. Caso isso não seja cumprido o governo federal pode até cortar o recurso que vem para os municípios”, fala.
Para Valdir a maior resistência encontrada para que se alcance essa porcentagem tem sido dos próprios diretores de escola que alegam que não pedem diretamente aos agricultores locais por acharem que eles não tem produção suficiente para atender a demanda. “Então o que precisamos fazer é conscientizar essas pessoas de que isso é necessário, os diretores tem que colaborar na hora da compra, levando em conta que é preciso variar o cardápio. E aos produtores é necessário organização para que consiga oferecer esses alimentos as escolas regularmente”, diz.
O assessor de gestão pedagógico da Seduc (Secretaria de Educação do Mato Grosso), Rogério Antônio Penso, explicou que a cultura do próprio estado não é de se consumir hortaliças e verduras e isso deve ser mudado desde o cardápio oferecido dentro das escolas. “Precisamos melhorar e complementar a alimentação dessas crianças e como consequência vamos colaborar com agricultores da nossa região”, comenta.