O líder do governo na Assembleia Legislativa, deputado Romoaldo Júnior considera impossível o PMDB conseguir manter a base aliada de 14 partidos que ajudaram a reeleger o governador Silval Barbosa, para as eleições municipais de 2012.
Até nas maiores cidades como Cuiabá, Várzea Grande, Rondonópolis e Sinop, de acordo com ele, não há como conciliar os interesses locais de cada um dos partidos que estão na disputa pelo comando municipal.
Para Romoaldo Júnior, dificilmente o governador Silval Barbosa vai conseguir algum êxito na reunião marcada para o dia 27 de fevereiro, com os presidentes e líderes desses 14 partidos. ‘É uma tentativa do governador e, como toda tentativa, é válida, poirém, não acredito que haja qualquer viabilidade dessa união. É claro que em alguns municípios, onde os interesses comuns prevalecerão, será fácil manter essa união, mas manter o mesmo arco de alianças em todos os municípios é impossível”, pondera o líder.
Ele cita como exemplo a disputa em Cuiabá e Rondonópolis, onde certamente alguns partidos que estão hoje na base devem apoiar a candidatura do empresário Mauro Mendes (PSB) e do deputado Percival Muniz (PPS), respectivamente. “A alternativa que existe é aguardar as eleições e depois disso sentar e tentar refazer a base para as eleições de 2014. A realidade atual é uma, com candidatos vislumbrabdo um lugar ao sol e será outra depois do resultado final da urnas, portanto, qualquer tentativa de ‘amarrar’ acordos nesta fase é temerosa e muito desgastante”, ensina Romoaldo.
Várzea Grande talvez seja o exemplo mais claro desagregação prevista por Romoaldo Júnior, uma vez que as principais lideranças do PMDB, como o ‘cacique” Carlos Bezerra, que comanda o partido com mão de ferro há décadas, rejeitam a possibilidade de apoiar a candidatura à reeleição do prefeito Tião da Zaeli (PSD) e preferem disputar o Paço Couto Magalhães com candidatura própria, sendo que, para isso, já possui quatro pré-candidatos: o atual secretário das Cidades, Nico Baracat, que deverá ser remanejado pelo governador Silval Barbosa mesmo que não queira ser candidato a prefeito, o deputado Wallace Guimarães que já avisou que não abre mão da candidatura que durante anos foi barrada pelo antigo PFL e mais recentemente pelo DEM, o empresário Alan Zaqnata e até o ex-procurador-geral do Estado, João Virgílio.
Essa posição do PMDB em Várzea Grande deixa claro que o PSD, que anteriormente havia acenado com a possibilidade de não lançar candidato a prefeito em Cuiabá para apoiar a candidatura do empresário João Dorileo Leal, do Grupo Gazeta de Comunicação, pode repensar a situação e lançar um nome que, mesmo que não tenha peso para ganhar a eleição, pode ser a garantia de levar a disputa para o segundo turno e ainda minar a possível força eleitoral que Dorileo venha a conseguir na Capital, dividindo os votos.
Tanto é verdade que o PSD já conseguiu emplacar na administração do atual prefeito Chico Galindo (PTB) que jura por todos os santos que não será candidato à reeleição, o ex-deputado Carlos Brito, que já foi presidente da Câmara de Cuiabá e prefeito interino por 30 dias, quando investiu pesadamente na recuperação visual do município, executando trabalhos de limpeza na área central e nos bairros, em regime de mutirão, que há muito tempo vinha senro reivindicada pela população cuiabana.
Brito tem um histórico eleitoral que deve ser respeitando. Ele chegou a obter mais de 31 mil votos nas eleições de 2006 e acabou não sendo reeleito deputado por causa do coeficiente eleitoral que não foi alcançado pela coligação a que pertencia. Além disso, Brito sabe, como poucos, atrais para si os holofotes da mídia e criar fatos em cima de situações que outros não saberiam explorar. Portanto, a previsão do líder do governo é mais que acertada, só os ‘pensadores’ que cercam o governador Silval Barbosa ainda não tomaram pé da situação.