Os deputados federal, cabo Juliano Rabello (PSB) e estadual, Ondanir Bortolini – Nininho (PR/MT), estiveram na manhã deste domingo (18/03) no Centro Socioeducativo de Rondonópolis para conferir in loco as queixas dos agentes orientadores da unidade.
O cabo Juliano disse que desde ontem, ao tomar consciência da situação, entrou em contato com o secretário de Justiça do Estado, Paulo Lessa, e expôs as reivindicações dos servidores que determinou a presença de uma equipe do SOE (Serviço de Operações Especiais) do sistema prisional para oferecer segurança na unidade.
Na oportunidade o deputado foi informado pelo secretário, que existe uma área destinada para a construção de um novo prédio para o socioeducativo e também a liberação do recurso do Governo Federal para a obra, que aguarda apenas a contrapartida do Estado. “A princípio a questão do corpo da guarda foi atendida, mas vou estar pessoalmente com o secretário e vamos buscar uma solução para dar condições dos agentes trabalharem e também para receber os adolescentes. Essa situação não pode permanecer da forma que está”, disse o deputado.
Nininho afirmou que são reais as reclamações dos agentes e que o centro socioeducativo necessita urgentemente da intervenção do Estado e se comprometeu em solicitar do governador Silval Barbosa (PMDB) uma reforma imediata para tenta amenizar os problemas da unidade, até que seja construído um novo prédio.
Em concordância o deputado estadual, o diretor do presídio Major Eldo de Sá Corrêa ‘Mata Grande’ e representante do Conselho Regional de Segurança, Raymundo Vasconcelos, disse que são consistentes as reivindicação dos agentes orientadores e defendeu a necessidade da capacitação dos servidores para poderem exercer as atividade. De acordo com Raymundo, a falta de qualificação dos servidores, associada a prática dos adolescentes infratores de tentar provocar o medo e terror, atitude que também é comum na Mata Grande, pode ter um resultado muito ruim.
Raymundo disse que infelizmente o socioeducativo e as demais unidades prisionais são a prova da falta capacidade econômica social para formar os cidadãos de que vem de famílias totalmente desestruturadas, na maioria das vezes, e que essas unidades deveriam recuperar os adolescentes infratores e os reeducandos para voltarem à sociedade.
Também estiveram presentes na unidade os representantes do Conselho de Segurança, Conselho Antidrogas e Conselho de Saúde.