Mano Menezes e os jogadores brasileiros tinham uma certeza. E grande preocupação. A Espanha poderia ser o adversário do time nas quartas de final das Olimpíadas. Logo no primeiro confronto eliminatório, mata-mata, a nova geração dos campeões mundiais. Havia o temor que eles tivessem uma equipe que seguisse os mesmos passos do time de Vicente del Bosque. Mas esse fantasma se foi. O time europeu que já havia perdido para o Japão, fracassou também diante de Honduras. Está eliminado das Olimpíadas. Ninguém vai comemorar publicamente, a sensação de alívio é enorme. O adversário brasileiro será Japão ou Honduras, duas seleções menos técnicas do que a fracassada Espanha.
“Depois dizem que os técnicos exageram quando repetem a frase: ninguém é mais bobo no futebol. Mas a verdade é exatamente essa. Todos se preparam, treinam, estudam seus adversários. O que aconteceu com a Espanha mostra o risco a que todas as seleções mais tradicionais estão expostas nestas Olimpíadas”.
Mano já cunhou essa explicação, com a fisionomia muito alegre quando falou da derrota dos espanhóis diante dos japoneses. Agora, então com a eliminação de uma das favoritas ao ouro, vem uma estimulante mudança de planos.
Mano havia pedido para funcionários da CBF filmar os jogos da Espanha. Era sim um dos adversários mais temidos pelos brasileiros.
“Eu tinha a certeza que eles viriam a Londres para confirmar o que o time principal vem fazendo. Formaram um time jovem, mas forte. Com peças para brigar pelo ouro, disse Marcelo, espantado também já pela primeira derrota contra o Japão”.
O lateral do Real Madrid também não desejava o confronto logo de cara nas quartas de final.
“Estamos preparados para qualquer adversário. Só que ter uma partida eliminatória diante da Espanha não é agradável para ninguém”.
Ele, como todo o time brasileiro, acreditava que Juan Mata do Chelsea, Jordi Alba do Barcelona e Javi Martinez do Atlético de Bilbao fariam diferença. Só que os jogadores com mais de 23 anos fracassaram junto com o esquema travado, sem criatividade do técnico Luiz Milla.