A inadimplência registrada dos bancos de dados da Câmara de Dirigentes Lojistas de Rondonópolis (CDL) apontou redução de (-) 15% nos último semestre na comparação com o mesmo período do ano passado. Os dados incluem dois sistemas nacionais: o Serviço de Proteção ao Crédito (SPC) e a Serasa. A inadimplência também ficou em queda na comparação de junho deste ano com junho de 2011 (- 31%) e em relação a maio passado (- 18%).
O diretor de Serviços e Produtos da CDL, Maurício Pugas, ressalta que este é um fator que sinaliza a preocupação do consumidor em organizar suas contas. “Levando em consideração a redução de inclusões e o aumento de pessoas que estão retomando o crédito na praça, ou seja, retirando o nome do cadastro, podemos observar que as pessoas estão pagando dívidas e tentando organizar as contas”, explicou.
No primeiro semestre deste ano, as exclusões tiveram aumento de 13%. O índice também é positivo se compararmos junho a maio deste ano. Na comparação, junho de 2012 a junho de 2012 o índice fica apenas um ponto percentual negativo.
Os dados revelam também que os consumidores rondonopolitanos estão mais cautelosos ao comprar. O total de consultas gerais em que o sistema que aponta a intenção de compra para verificação de nomes nos cadastros apresentou queda de (-) 15% nos primeiros seis meses de 2012. O mês de junho em relação a maio deste ano teve (-) 10% de consultas e em relação a junho do ano passado (-) 20%.
Segundo Pugas, um dos fatores que pode estar gerando esta cautela de compras e a redução da inadimplência é a reserva de capital para negociação de dívidas, entre elas, as dos cartões de crédito. O índice de inadimplência nesta modalidade de compras cresceu 29,5%, o maior patamar registrado desde o ano 2000, de acordo com informações do Banco Central. “Observamos que há muita gente com problemas nos cartões, pessoas que descobriram que entraram numa bola de neve pagando somente o mínimo e agora procuram renegociar a dívida”.
Na média, os cartões registraram juros mensais de 10,5%, o que acarreta o triplo do valor da dívida, que não foi totalmente quitada no período de 1 ano. A opção para quem deseja negociar a dívida é procurar o banco e pedir revisão de valores para pagamento à vista ou parcelado. Em alguns casos, na negociação direta a redução dos valores chega a um quarto da dívida cobrada pelo cartão.