O acordo ministerial sobre a Síria que foi mediado no sábado (30/06) pelo enviado internacional Kofi Annan marcou uma mudança nas posições da China e da Rússia, até então em discordância com as potências ocidentais, disse o porta-voz de Annan na terça-feira (03/07).
Pequim e Moscou usaram repetidamente seu poder de veto para impedir qualquer iniciativa árabe e ocidental de isolar e afinal derrubar o presidente sírio, Bashar al Assad, que há 16 meses reprime uma rebelião com violência.
“Será uma estrada longa e acidentada. Mas acreditamos sinceramente que os compromissos assumidos no sábado em Genebra foram genuínos e, se aplicados conforme prometido terão um efeito sobre a dinâmica no terreno”, disse o porta-voz de Annan, Ahmad Fawzi, a jornalistas.
“Não se esqueçam que muitas forças deram as mãos aqui no sábado… Não subestimem o grau de uma mudança que aconteceu aqui no sábado, especialmente nas posições russa e chinesa, para aceitar o princípio de uma mudança política.”
Grandes potências e países vizinhos à Síria prometeram apoio a um eventual governo sírio de transição, embora Annan não tenha conseguido conciliar as diferenças entre o Ocidente e a Rússia (esta com apoio da China) sobre se isso implica ou não o afastamento de Assad.