A visita do engenheiro Paulo Moura, vice-presidente da Associação Brasileira de Criadores do Cavalo Pantaneiro – ABCCP com sede em Poconé (MT), atendendo um convite da diretoria do Sindicato Rural, confirmou na manhã de hoje (10) a parceria firmada entre a Associação e o SR, no sentido de trazer para a feira de Rondonópolis, exemplares deste Cavalo.
Animal emblemático para a região e considerado “patrimônio e representante legal do Estado”, por força de lei estadual, estará na Exposul para participar de um julgamento racial, a partir da 16h e, uma exposição da raça, cuja docilidade, resistência e rusticidade são as principais características.
De origem ibérica, o cavalo pantaneiro é um dos cavalos mais antigos do Brasil e foi introduzido no país, durante a ocupação portuguesa e espanhola. Por mais de 200 anos, a raça se reproduziu naturalmente à larga nos campos e pradarias, e se adaptou perfeitamente às condições climáticas e, ao ambiente pantaneiro, que apesar de possuir estações bem definidas, mescla períodos de cheias em longas extensões alagadas e, secas e terrenos pedregosos.
Todavia, companheiro dos vaqueiros do Pantanal do Mato Grosso, o cavalo pantaneiro só foi reconhecido como “Raça Específica” em 1972.
De lá para cá, movimentos como o da Associação Brasileira dos Criadores do Cavalo Pantaneiro, de criar e preservar um banco genético da raça, bem como, divulgar, estimular e ampliar a criação desses animais perfeitamente adaptados à lida do campo nas condições de temperatura e clima mato-grossenses vem sendo estimulados.
Por ser um animal rústico adaptado naturalmente e possuir características marcantes, como resistência a agentes “eco e endo-parasitários”, como carrapatos, mosca do chifre, mutuca e verminoses, entre outras, o cavalo pantaneiro, desenvolveu aptidões únicas no mundo: é o único cavalo que consegue se alimentar, pastando capim submerso, durante o período de cheia.
Possuindo um casco muito resistente, o animal consegue permanecer por longos períodos de trabalho nos alagados e manter a cavalgadura sem apresentar desgaste e desconforto no andar, tanto para o próprio animal quanto para o cavaleiro que o monte.
O engenheiro agrônomo Afrânio Scatollin, integrante da comissão organizadora da 40ª Exposul recepcionando os visitantes falou sobre a importância da entrada do Cavalo Pantaneiro, na programação da Exposul, através de futuros leilões/exposição e julgamentos raciais como o que acontece nesta tarde (16h), na “Pista de Conformação José Pinto” do Parque de Exposições.
Para Paulo Moura, a presença do Cavalo Pantaneiro na Exposul será um divisor de águas para a divulgação da Raça, na medida em que consegue maior visibilidade, se apresentando na quinta maior feira agropecuária do país.