Apenas 21 escolas de 5ª à 8ª séries de todo o Brasil podem ser classificadas como “excelentes”, segundo a metodologia da Meritt Informação Educacional. Isso significa que apenas 0,1% das unidades de ensino desta fase cresceram no Ideb (Índice de Desenvolvimento da Educação Básica), ficaram acima da meta e também com nota superior a 6, o objetivo do País.
No primeiro ciclo, de 1.ª à 4.ª série, a situação é bem melhor. Há no Brasil 3.840 escolas com nível Excelentes, o que representa 11% do total. A separação por nível não significa dizer que a escola é de excelência no aprendizado, mas, sim, que ela tem feito um ótimo trabalho. Além disso, segundo Alexandre Oliveira, da Meritt, cria uma pressão boa para que escolas continuem evoluindo.
– O que uma escola que avançou na nota, está acima de seis, deve fazer? Ela deve subir ainda mais.
Além de pressionar as escolas a manterem um comportamento de contínua melhoria, essa classificação expõe escolas, cidades e municípios que se valem do tímido cálculo para evolução das metas.
Quando o Ideb foi criado, em 2007, as metas até 2021 já foram traçadas para as escolas, cidades, Estados e para o Brasil. Mas elas também variam entre si. Apesar da meta para o Brasil como um todo ser 6, a meta da rede pública, por exemplo, é de 5,7 para 2021.
— E essa nota 6 é a média que os países ricos tinham em 2007, quando foi criado o Ideb.
Como as metas não são recalculadas a cada edição, algumas escolas, Estados e municípios ficam acima desse parâmetro sem obter nenhum avanço. A Escola de Aplicação da USP, em São Paulo, por exemplo, aparece em primeiro no Estado, com nota acima da meta, mas apresentou queda no Ideb entre 2009 e 2011.