O julgamento do mensalão é retomado nesta segunda-feira (20) com a expectativa de que ainda nesta semana sejam conhecidas as primeiras sentenças do processo. Pela metodologia escolhida pelo ministro relator Joaquim Barbosa, o revisor, Ricardo Lewandowski, inicia a leitura parcial do seu voto na sessão desta segunda. Essa parte deve abarcar a ligação de Marcos Valério com o deputado João Paulo Cunha. Tudo indica que, depois dessa fase, os demais ministros proferem seus votos.
Na última sexta-feira (17), o presidente do STF (Supremo Tribunal Federal), ministro Carlos Ayres Britto, confirmou que essa metodologia, sugerida por Barbosa, seria respeitada. No entanto, o assunto ainda deve ser discutido no início da sessão desta segunda-feira.
O ministro relator dividiu seu voto em oito partes. Na primeira, já finalizada, pediu a condenação do deputado federal João Paulo Cunha por corrupção passiva, lavagem de dinheiro e peculato. Já Marcos Valério, Ramon Hollerbach e Cristiano Paz foram condenados antecipadamente por corrupção ativa e peculato.
Pelo acordo, depois das sentenças, Barbosa seguirá para a segunda parte do voto, envolvendo as relações entre o Banco do Brasil e a DNA propaganda. Isso embarca as relações entre Marcos Valério e seus sócios e o ex-diretor de marketing do Banco do Brasil, Henrique Pizzolato.
Na prática, esse método “fatiado” de julgar o mensalão vai inviabilizar o voto integral do ministro Cezar Peluso, que se aposenta obrigatoriamente no dia 3 de setembro. Na prática, o último dia de trabalho do ministro será na quinta-feira (30).