O número de cadeiras da Arena Pantanal reservadas para pessoas com deficiência foi ajustado de 166 para cerca de 400 lugares, correspondendo a 1% da capacidade total do estádio, que é de 44.336 torcedores. A revisão foi necessária após a publicação da portaria 205, do Ministério do Esporte, que listou os 12 estádios que deverão destinar pelo menos 1% da capacidade total de espaços e assentos para pessoas com deficiência.
A portaria, publicada no dia 05 de setembro no Diário Oficial da União, refere-se ao parágrafo terceiro do artigo 11 do Decreto 7783, que regulamenta a Lei Geral da Copa. O parágrafo prevê que ato do Ministério do Esporte elencaria os estádios e instalações que devem garantir esse espaço mínimo de 1%.
Durante reunião realizada nesta quinta-feira (27) no canteiro de obras do novo Verdão, o engenheiro João Paulo Curvo, assessor técnico da Secopa, apresentou ao Conselho Regional de Engenharia e Agronomia (Crea) e à Comissão de Defesa dos Direitos das Pessoas com Deficiência da OAB/MT as alterações feitas no projeto.
O número de assentos para cadeirantes foi elevado de 62 para 130 lugares. Os destinados a obesos aumentaram de 52 para 157 assentos e os reservados às pessoas com mobilidade reduzida passaram de 52 para 157.
Além do estádio, as ruas e calçadas do entorno do novo Verdão respeitarão os critérios de acessibilidade e receberão sinalização adequada para pessoas com deficiência. Os acessos ao interior do estádio, sanitários, rampas de acesso ao campo, tribuna de imprensa, estacionamento, bares e restaurantes também serão inclusivos, facilitando a locomoção das pessoas com mobilidade reduzida.
Todos os 16 elevadores do estádio terão botões em braile e aviso sonoro. Os balcões dos bares e restaurantes serão dimensionados para atender pessoas com deficiência, bem como a área Vip, seguindo as normas brasileiras e internacionais de acessibilidade.
O coordenador de Acessibilidade do Crea-MT, Givaldo Dias Campos, participou das discussões e afirmou que vai elaborar um relatório com base na nova concepção do projeto. O advogado Carlinhos Batista Teles, presidente da Comissão de Defesa dos Direitos das Pessoas com Deficiência da OAB/MT, já havia elogiado o projeto da Arena Pantanal quando visitou a obra em agosto desde ano e avaliou positivamente também as mudanças.
Teles reforçou ainda a importância de manter esse canal de diálogo com a Secopa, que tem ouvido as entidades representativas das pessoas com deficiência na fase de construção e de adequação dos projetos.
ESTÁDIO
A Arena Pantanal foi concebida a partir de modernos conceitos de funcionalidade e sustentabilidade. O projeto já recebeu vários prêmios, inclusive um internacional e foi elogiado por instituições ligadas à arquitetura nacional.
O novo Verdão é um exemplo de construção ambientalmente sustentável desde a sua concepção. O Governo do Estado fez questão de encomendar um projeto que atendesse as exigências da certificação LEED (Leadership in Energy and Environmental Design), um sistema de certificação de edificações para verificar e atestar a qualidade ambiental de um empreendimento.
A arquitetura do estádio foi projetada atender a realidade de uma cidade quente como Cuiabá. O projeto prevê ventilação cruzada com tomadas de ar pelos cantos localizados entre os setores de arquibancadas. Além disso, serão instalados pisos e coberturas que amenizam o calor.
O entorno do estádio, área com mais de 300 mil m2, contará com passarelas, uma praça com áreas de lazer, pista de caminhadas, atividades esportivas, espelho d’água, lanchonetes, restaurante e muito verde.