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Sofisma do alinhamento

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Durante o discurso do ministro da Saúde em sua visita a Cuiabá disse por diversas, vezes, que o governo federal manda para todos os municípios, os recursos necessários para o pleno funcionamento do Sistema Único de Saúde (SUS), mas compete aos prefeitos administrarem e mandarem os projetos. “Uma cidade como Cuiabá, por exemplo, tem a oportunidade de reformar todas as unidades de Saúde, o ministério deixou verba à disposição, mas depende muito da vontade do gestor e dos projetos apresentado””.

Enfim, o ministro deixou claro que diante do montante que o governo federal envia, depende da competência do prefeito para acessar os recursos e aplicá-los corretamente.

Depois o ministro passou a segunda fase do discurso louvando o alinhamento do candidato com o governo federal e deixando claro que se Cuiabá votar em Lúdio a saúde será melhor.

Um discurso contraditório, pois se o governo federal manda recursos suficientes para todos os municípios indistintamente, cabendo a cada prefeito ter competência para administra-los, então como vai funcionar este alinhamento? o governo vai discriminar? vai enviar um plus?

Na verdade nem uma coisa nem outra, primeiro que o governo federal não manda o suficiente nem para os alinhados nem para os desalinhados.

Basta ver como se encontra a saúde em todo o estado, nos raríssimos casos onde se encontra bem é resultado da excelência da administração do prefeito.

Entretanto na busca pelo voto e na ânsia de se manter no poder, os ministros saíram pelo país inteiro com o discurso do alinhamento e vendendo facilidade a partir de uma dificuldade criada pelo próprio governo.

O caso é que a saúde não vai bem de norte a sul, pois todo o esforço deste governo está centrado em construir estádios e obras monumentais enquanto os corredores de hospitais se abarrotam pelo país afora.

Mal comparando, é o mesmo que um pai de família entre cuidar da saúde, da segurança e da educação dos filhos, optasse por gastar o dinheiro construindo um campo de futebol e comprando um carro de luxo.

Aqui em MT todo o esforço do governo está em construir o ””trem bala”” que custará mais de bilhão, um estádio que também ultrapassará esta cifra isto sem contabilizar as ””custas”” desta muvuca toda.

Como quem não tem dinheiro conta estória, o governo federal manda seus mascates de ilusões mentirem pelo Brasil, enquanto aqui no estado o Silval faz o mesmo, passa nos municípios e com cara de paisagem pede votos para os seus candidatos com o discurso do alinhamento, ””agora vai melhorar, não tava bom porque não era do nosso lado””.

Em Rondonópolis a situação ainda é mais surrealista, o ex-prefeito e o atual são alinhados, os serviços públicos estão uma lástima e mesmo assim permeia o discurso do alinhamento. Perderam o senso de realidade.

 

José Antonio dos Santos Medeiros

suplente do senado-PPS/MT

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