Foi um Barack Obama determinado a lutar pelo segundo mandato que surpreendeu e dominou o candidato da oposição republicana, Mitt Romney, no segundo debate da campanha para a eleição presidencial de 6 de novembro. Ao contrário do primeiro confronto, quando foi colocado desde o início na defensiva, na noite de ontem o presidente engajou-se no debate sobre a crise econômica e questionou repetidamente as bandeiras do adversário, responsabilizando a política dos governos republicanos anteriores pela “mais séria crise desde a Grande Depressão”.
Obama e Romney subiram ao palco da Universidade Hofstra, em Hempstead (Nova York), às 21h (22h em Brasília), e desde os cumprimentos a linguagem corporal mostrava que não apenas o cenário havia mudado. Diferentemente do primeiro confronto, no qual dividiram o espaço apenas com o mediador, ontem os candidatos estavam face a face com 82 eleitores indecisos do estado de Nova York selecionados para fazer as perguntas. Esse formato mostrou-se convidativo para um presidente conhecido pela empatia com o público. A ponto de permitir que ele aproveitasse as considerações finais para lembrar a declaração do adversário sobre os “47%” dos americanos que, segundo Romney, seriam “dependentes do governo”.