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Saiba como evitar dores e manter a saúde dos pés usando calçados com salto alto

Veja conselhos de especialistas para que o salto de todo dia não acaba causando dores além da conta

Fonte: DA REDAÇÃO COM ZH
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As lojas especializadas em calçados, estão investindo cada vez mais em novidades para proporcionar estabilidade e conforto quando o assunto é salto alto. Palmilhas open shoe, ultrafinas, para sandálias e sapatos abertos e modelos de ajuste, que evitam que os pés escorreguem para a frente é uma das opções mais usadas.

Mas antes de pensar em acessórios que amenizem um desconforto que parece inevitável, é preciso comprar o sapato certo, com boa estrutura e materiais de qualidade. Além da atenção aos detalhes, vale levar em conta o alerta do ortopedista e traumatologista Renato Brufatto Machado:

“O conforto e a estabilidade dos saltos dependem do modelo, mas também da hora em que o sapato é comprado. Na primeira hora do dia, os pés não estão inchados. À noite, os sapatos usados o dia todo estão apertando os pés”.

O técnico em baropodometria Jefferson Selaimen Machado complementa:

“Não se deve acreditar que o material vai ceder. Com as costuras e os materiais sintéticos, o sapato dificilmente cede”.

E sapato apertado, vamos combinar, é uma tortura que ninguém merece.

Alinhamento postural e equilíbrio são prejudicados com o uso do salto alto. A elevação do calcanhar projeta o corpo para a frente. Para compensar, a lombar arredondada e a bacia em rotação provocam o famoso “bumbum empinado”, que é totalmente indesejável do ponto de vista ortopédico.

Bolhas podem decorrer de pressão ou atrito contra o material do calçado. Detalhes, costuras e tamanho inadequado também são vilões, por deixarem os pés doloridos e feios. Assim como os calos nos dedos.

Calcanhares podem ficar virados para dentro, dependendo da altura dos saltos. Usados por várias horas, provocam um encurtamento do tendão calcâneo (tendão de Aquiles), e todo o peso do corpo vai se concentrar na parte da frente do pé. Esse encurtamento é compensado por uma passada mais curta, mais lenta e às vezes visivelmente dolorida.

Dor é o tema de uma extensa lista: pés e tornozelos com disfunções devido à sobrecarga, coluna com lordose lombar e alteração postural, joelhos com sobrecarga e desvio das rótulas, calcanhares com descarga de peso na parte de fora dos pés. Remédios: cuidados na hora da compra, exercícios e bom senso na escolha da altura e do tempo de uso.

Exercícios de reforço muscular de pernas, glúteos e abdômen são recomendados. Atenção também ao alongamento do tendão calcâneo e da panturrilha.

Festa pede salto, muitos de saltos finíssimos. mas frequentemente o glamour vai para o espaço e você acaba descalça. Uma dica é escolher sempre modelos com cabedal alto, que “seguram” o sapato no pé.

Gel e silicone aplicados a palmilhas são excelentes materiais para a absorção de impacto. Também existem palmilhas comfort e massaging gel, modelos com reforço no arco dos pé ou com pontos de absorção de impacto no calcanhar e na planta do pé.

Hora da compra, por incrível que pareça, faz a maior diferença. Pés relaxados de manhã ou inchados no fim do dia podem induzir à compra de modelos mais largos ou mais estreitos, e até de numeração errada.

Joanetes além de muito feios, são doloridos. Modelos de bico fino não oferecem qualquer conforto, pois comprimem o ante pé.

Movimentos suaves com os pés em água morna proporcionam um prazer indescritível depois de horas de salto alto. Uma bacia postada na frente do sofá na hora da novela é um luxo fácil.

Novidades lançadas com objetivo de proporcionar conforto se multiplicam: são palmilhas de gel ultrafinas e modelos open shoe para sandálias e sapatos abertos. E também palmilhas de ajuste que evitam que os pés escorreguem para a frente

Oito horas por dia com o mesmo sapato pode ser massacrante. Uma dica é manter um sapato extra no trabalho para trocar de vez em quando.

Palmilhas podem ser um precioso aliado para mulheres que não abrem mão de ganhar alguns centímetros. Partindo da constatação básica de que os pés não são iguais, são feitas avaliações individualizadas, que levam em conta diferenças e assimetrias. Especialistas devem ser procurados para indicar palmilhas específicas para cada caso, eventualmente modeladas individualmente, depois de avaliação computadorizada.

Quatro centímetros são considerados o ideal para saltos do dia a dia. Quanto mais alto o salto, maiores os cuidados na hora da compra.

Retirar os sapatos. Simples assim. Retirar os sapatos, espreguiçar os dedos, pressionar diferentes pontos na sola dos pés e massagear os tornozelos são um presente que você deve dar a si mesma algumas vezes durante o tempo em que estiver sobre saltos altos.

Sapato bem surradinho parece garantia de conforto, mas pode estar torto e causar micro lesões. Ortopedistas verificam o solado do calçado e analisam se está mais gasto em um lado: quem pisa para dentro (pronado) ou para fora (supinado) pode corrigir a marcha com palmilhas.

Tecnologia é a palavra chave na confecção de palmilhas personalizadas. A partir do teste da pisada, é possível analisar o caminhar com muita precisão, levando em consideração peso, altura e oscilações na marcha. Equipamentos como o baropodômetro verificam a força do pé em movimento e determinam o tipo de palmilha que proporciona o melhor equilíbrio.

Unhas pretas ou arroxeadas na raiz são indícios de lesões que podem ser evitadas.

Vaidade pode ser uma razão exagerar no salto e ir além do limite do conforto e da saúde. Mulheres (e homens) de baixa estatura podem adaptar, em sapatos fechados, palmilhas de calcanhar feitas em silicone, que deixam a pessoa até 5cm mais alta.

Zelo com os sapatos infantis é fundamental. Os especialistas são categóricos: crianças não devem, em hipótese alguma, usar salto, de qualquer altura. A moda das sandálias, botinhas e tamancos de salto para crianças pode comprometer severamente a saúde em uma fase fundamental, de crescimento e formação da estrutura óssea. Problemas de postura atingem a coluna em função do deslocamento do centro de gravidade ocasionado pelos saltos. Poucos centímetros podem parecer inofensivos, mas não são – os danos precoces são às vezes irreparáveis. Crianças devem usar sapatos baixos, tênis e sandálias e chinelos rasos. Tamancos projetam o corpo para a frente, dificultam a caminhada e exigem compensações posturais indesejáveis. Dá dó ver as pequenininhas arrastando os pés. Todas os alertas valem para adolescentes, que também estão em fase de crescimento e podem desenvolver problemas dos dedos à cervical.

Alívio para os pés

Vendidos em farmácias, boticas ou lojas de ortopedia, palmilhas, protetores e cremes especiais aliviam o cansaço nos pés e tornam menos dolorida a vida de quem sofre com joanetes, calos e sapatos que apertam demais.

Palmilhas de ajuste: a palmilha extra tem textura que impede o pé de escorregar para frente. É perfeita para usar com sandálias. Preço médio de R$ 30

Protetor de joanetes: para quem sofre com joanetes, o protetor em gel defende a região. Preço médio de R$ 14

Adesivo para o calcanhar: o protetor adesivo é colado por dentro da região do calcanhar e evita bolhas. Preço médio de R$ 18

Palmilha chique: vendidas na Europa e Estados Unidos, as palmihas Red Carpet têm estampas que combinam com o sapato

Escalda-pés: são vendidos em sachês. Para relaxar no sagrado momento de chegar em casa e tirar os sapatos. Preço médio de R$ 11

Beleza acima do conforto?

Christian Louboutin decretou:

“Salto alto é prazer misturado com dor. Se você reclama de não conseguir andar com ele, então não use”.

A frase do designer francês, criador de alguns dos sapatos mais cobiçados do mundo, resume uma realidade entre muitas mulheres: elas pagam o preço de sair de casa com um calçado que machuca desde que ele esteja lindo no pé e tenha casado perfeitamente com a roupa.

Salto alto, bico finíssimo, plataformas gigantescas, fivelas e amarrações das mais estranhas são presença certa em modelos de grifes poderosas como a Louboutin, Manolo Blahnik, Jimmy Choo e Brian Atwood. As quatro criam a maioria dos modelos vistos nos pés das famosas. Quem usa, ajusta o pé ao sapato, e não o contrário. No auge da moda dos spikes, a socialite Kim Kardashian cruzou um tapete vermelho com os pés sangrando. Motivo: as pontas das tachinhas cutucavam a pele e abriam feridas que pioravam a cada passo. Mesmo assim, ela seguiu com o sapato no pé até o fim da festa, segurando o grito de dor para figurar na lista das mais bem vestidas – ou calçadas – da noite.

Mais altos que os sapatos dessas grifes, só o preço deles. O valor médio dos modelos mostrados nesta página é de US$ 1,5 mil. Baixar consideravelmente a conta bancária em nome de um com preço tão gordo e acabar não usando, é mesmo um pecado.

Truques caseiros

Para manter no pé aquele sapato que incomoda, cai e machuca, mas que é um arraso de lindo, toda sorte de truques é bem-vinda. Há quem passe spray de cabelo na sola do pé para que a pele dê uma leve grudadinha na palmilha e o sapato não saia voando no primeiro giro na pista de dança.

Outro bom truque é um importado das passarelas. Morrendo de medo de escorregar no meio de desfile, as modelos usam uma faca ou estilete para fazer ranhuras na sola do sapato. O desenho improvisado dá mais aderência e acaba com a possibilidade do famoso “efeito patins”.

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